Capítulo 2

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Mia Arden - 21 anos
Abril de 2044
Rynvale, Valoria

Acabo bocejando mesmo tentando de todas as formas conter esse ato, mas quem tem a sã consciência de marcar uma reunião às 07 horas da manhã com o presidente de Valoria? Eu detesto acordar cedo.

O Conquistador que lute com a minha cara de sono.

Sobre o seu governo estava os países de Valoria, Fendaron, Tressida e o meu sono perdido.

Nos últimos anos estamos tentando conquistar Ygraine mas seu povo era persistente como baratas, tentava e tentava e eles não acabavam nunca.

Kavaria é mais simples mas não menos problemática, conseguiu uma união forte com Ygraine e atacar um é o mesmo que atacar o outro. Resumindo: tão forte quanto Ygraine mas sem o presidente de Ygraine.

O homem é um gênio da estratégia e é surpreendente a sua inteligência com um exército bem inferior em mãos. Já tive o desprazer de enfrentar em uma batalha e quase fui de vala pelos seus homens.

Se não fosse o meu chip.

O chip é um dispositivo que foi implantado na minha mente quando criança, com ele consigo acessar o corpo de outra pessoa pela mente dela e matá-la.

De uma maneira simples a explicação é que o chip sobe o meu comando solta uma onda sonora que entra pelo ouvido do meu inimigo e com a intensidade desejada consigo romper seus nervos e outras coisinhas causando a morte.

Mas também dependendo de um ferimento consigo mudar a frequência sonora e agilizar o processo de cura dele, mas não é qualquer machucado e nunca fiz isso em ninguém além de testes.

Só queria que tudo acabasse de uma vez por todas.

_Pelo visto a noite foi boa. - O idiota do Dom Fenn sequer fala baixo e todos olham na nossa direção.

Todos nos consideravam como se fossemos irmãos mesmo convivendo diariamente com as nossas implicâncias, já para nós dois irmandade passava bem longe de existir. Detestava ele desde o dia que os meus pais o trouxeram depois de uma batalha na capital de Tressida.

E ele me detestava na mesma intensidade e tempo.

Aí que vontade de matar esse desgraçado.

Minha mente coça pensando em como seria parar todos os seus órgãos vitais em apenas alguns segundos e com um simples infiltração no seu corpo.

Uma onda sonora poderosa guiada pela minha mente.

Vê-lo se contorcendo a procura de ar é meu fetiche pessoal que nunca tive o prazer de se concretizar.

Mas apesar de todos os pensamentos homicídas continuo quieta e não faço nada disso, como prometi aos meus pais desde que recebi o chip no meu corpo de forma obrigada.

Foi tão protegido pelos senhores Arden e não tem nenhum pingo do sangue deles como eu.

E essa é a maior diferença entre nós, eu fui jogada em uma cova de leões famintos e prontos para uma refeição suculenta. Enquanto ele foi protegido como se fosse uma joia rara em um museu.

Meus pais queriam adotá-lo para ele aderir o sobrenome da família, entretanto ele foi fielmente contra e nunca quis. Sequer chamava os meus pais de pais. Foi como se fosse um intruso na nossa família mas mais querido pelos meus genitores.

_Cala a boca idiota. - Murmuro baixo, e alguns soldados da tropa ainda presta atenção em nós.

Principalmente o nosso capitão Kael Marn, o motivo do meu cansaço na noite anterior. Mesmo sem querer acontece uma leve troca de olhares e infelizmente o Dom percebe isso.

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