Capítulo 25

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Dom Fenn - 21 anos
Abril, 2044
Rynvale, Valoria

Me aproximo dela devagar saboreando sua surpresa inicial, nem consigo acreditar que isso de fato vai acontecer. Estou tão ansioso e ao mesmo tempo é estranho a confiança que se apossou no meu ser.

_Aquele dia... - Ela pausa por um momento olhando por todo o quarto e eu espero pelo desfecho dos seus pensamentos. - Você disse que eu tinha sido a primeira a te beijar, também serei a primeira a transar com você?

_Sim. - Digo com facilidade, não preciso mais esconder as coisas dela. - E pretendo que seja a última também.

_Isso é meio surreal, nunca te imaginei como um homem virgem. Porra, você já tem 21 anos. - Ela continua a falar e eu continuo a andar lentamente. - Vivia andando com as garotas mais lindas da escola.

_Não sentia atração por nenhuma outra mulher, não teria sentindo transar só para me aliviar momentaneamente sem realmente querer isso. Deixei para quando realmente tivesse desejo no meio, quando fosse você.

_Você me deseja? O grande Dom Fenn dizendo isso? - Ela solta uma risada baixa e meio incrédula.

É tão irreal eu dizer abertamente o que sinto?

Eu já tô comentando a ficar puto com essa conversa toda desnecessária.

_Quer que eu implore? Em? Quer que eu peça para te fuder? Ou vai continuar com essas perguntas bestas? - Pergunto de uma vez.

_Sim, eu quero que você implore e que seja de joelhos. - Ela diz simplesmente, com um leve sorriso petulante. Ela jura que não sou capaz de fazer isso?

Engolindo o resto de orgulho que tenho me ajoelho na sua frente colocando meus dois joelhos sobre o tapete perto da sua cama, levanto a cabeça e a olho nos olhos.

Que cruel da sua parte amor.

Com um sorriso no rosto falo:

_Posso por obséquio te comer agora? - Peço. Não... Imploro. Estou tão cansado desse jogo sem sentido que temos, penso no Dom de 8 anos de idade que decidiu ser inimigo dela e acho isso tão banal.

Sem sentido e perda de tempo. No final de tudo aquele Dom está aqui implorando como um pecador e ela sendo a única capaz de liquidar meus pecados mais sombrios.

_Sim.

E assim, sem mais palavras, nos entregamos ao desejo implícito que estava presente desde o início de nossa relação.

Puxei suas pernas para baixo e a fiz se ajoelhar também, sem perder tempo puxo seus cabelos e de imediato aproximo sua boca na minha e solto um grande suspiro de satisfação.

Estava ansiando tanto por um outro beijo nosso.

É capaz desse beijo me fazer entrar em colapso total, mas sentir a maciez de seus lábios com certeza vale qualquer caos no universo.

Cada toque, cada beijo, cada gemido era uma confirmação do que sempre soubemos que estava por vir.

Nós.

Não adianta negar, a porra da atração estava sempre ali. As insultas mascaradas de uma vontade absurda de somente escutar a sua voz, as minhas tentativas de fazê-la ficar bem mesmo sem saber o que fazer. Porra, me lembrei da primeira vez que a toquei de verdade no caralho de um beco imundo com uma faca na sua garganta, se não tivesse ocupado saboreando sua boca iria rir da minha situação.

Jurei tantas coisas a ela, tantas maldades para no final me vê perdido tentando me recobrar no seu corpo.

Nossas línguas se entrelaçam em uma dança envolvente e ritmada, sentir o seu gosto é tão... tão bom. Puxo a sua cintura fina tentando de todas as formas ter mais contato com o seu corpo, seguro com firmeza seus cabelos comandando o ritmo do nosso beijo sedento e aprecio com adoração as carícias leves que suas mãos fazem no meu cabelo.

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