Camille
O corpo de Adèle vibra contra o meu. A água morna e espumosa dança ao nosso redor e continuo a cochichar próximo à sua orelha.
Me sinto viva.
Por anos acreditei estar morta. Em não merecer piedade ou simplesmente continuar à viver. Mas ela...Adèle mostrou que pode ser possível. Ela é a responsável por me fazer voltar à vida. A vida que perdi no exato momento em que retiraram ele de mim. No momento no qual vi a dor presente em suas íris castanhas e o grito de agonia soar da boca da minha avó ao lado.
Camila! Camila! Não!
-Isso faz cócegas!
Seu doce tom me resgata das memórias parcas trancafiadas no fundo da mente. Abro os olhos e enxergo a luz outra vez diante de mim.
Continuo a desenhar círculos em sua pele ensaboada, o riso pueril ecoando pelo banheiro enquanto mantenho o movimento. Adèle puxa as pernas contra o corpo e a prendo contra mim. Suas costas contra o meu peito ambos submersos na banheira.
-O que está fazendo? -Pergunta conforme vagueio as pontas dos polegares pelo corpo úmido e cabalmente delicioso. Minha mão avança em direção a parte frontal do seu tórax, escorregando entre os seios fartos. Sinto a familiar fisgada no meio das pernas assim que vejo sua cabeça descer contra o espaço do meu pescoço e o ombro. Pressiono o seio esquerdo com uma mão enquanto a outra estimula o bico do segundo.
Oh, céus. Como pode existir uma mulher tão gostosa como essa? Seu corpo se contrai sobreposto ao meu e suspiro contra seu ouvido, a instigando.
-Camille...
Meu nome verdadeiro saindo da sua boca me causa arrepios. E percebo que é a primeira vez, em tanto tempo, que não sinto ânsia ao escutá-lo.
-Você quer gozar, cariño? -Digo e o tom sai rouco. Vejo as coxas se apertarem ao notar o avanço da minha mão ao encontro da sua boceta. Sorrio com os dentes.
Entretanto, sua próxima reação me pega totalmente desprevenida. Adèle gira o corpo sob a água. Para frente à mim, serpenteando a cintura com as pernas grossas e espirra a água da banheira com a boca, lançando uma careta em seguida, consequente pelo gosto horrível do sabão.
-Me responda, Santiesteban.
Um sorriso insolente escapa entre os meus lábios e aperto seu corpo curvilíneo contra o meu. Os seios molhados em junção à boceta roçam em mim e reprimo um gemido mordendo a boca. Adèle treme os olhos e sei exatamente como se sente.
Encharcada. Decerto, não apenas pela água quente da banheira.
Porém, não me deixará fugir pela segunda vez do questionamento persistente.
Busco ignorar a ardência repentina do sabão nos ferimentos recentes enquanto equilibro o olhar no seu.
-Seu nome é Ömer Ahmet. -Finalmente digo. Adèle permanece com o semblante passivo e continuo: -Ele foi um agente do FBI na época em que frequentei a academia. O braço direito de Ed. Edmund o tratava como um irmão. O ajudou a me resgatar junto dele na noite do assassinato do meu pai. Me ensinou a lutar e atirar em criminosos durante anos. Foi como um pai para Hanna. Para mim.
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Lãng mạnEm meio às ruas sinuosas de Paris, uma série de assassinatos brutais de ex-presidiários deixa a cidade em pânico. A jovem jornalista AdÚle, determinada à investigar e documentar os crimes chocantes, se vê envolvida em uma teia de mistério e perigo. ...