𝐓𝐫𝐚𝐧𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐬 𝐟𝐚𝐧𝐭𝐚𝐬𝐊𝐚𝐬 𝐧𝐚 𝐚𝐫𝐊𝐚́𝐫𝐢𝐚 𝐞 𝐣𝐚𝐠𝐮𝐞 𝐚 𝐜𝐡𝐚𝐯𝐞 𝐟𝐚𝐫𝐚

187 22 2
                                    

Adèle

Os cabelos negros de Romane se encontram emaranhados sobre o rosto enquanto a observo de forma embasbacada, ainda sem acreditar estar em sua cama King Size

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



Os cabelos negros de Romane se encontram emaranhados sobre o rosto enquanto a observo de forma embasbacada, ainda sem acreditar estar em sua cama King Size.

Sem acreditar que passei a noite me contorcendo em prazer nesses lençóis. Murmurando seu nome entre beijos e lambidas profundas, e posso jurar ainda sentir os lábios dormentes. No entanto, os toco com a ponta dos dedos, me perguntando se foi real. Se é real.

Suas pálpebras permanecem fechadas e a vejo respirar de modo profundo pelos lábios semiabertos. O lençol branco cobre parcialmente seu corpo, fazendo com que metade do tronco nu fique à mostra, trazendo a visão dos seios amarronzados. Eu não consigo. Simplesmente não sou capaz de retirar os olhos dali. Ou do seu rosto. Ou os cachos negros que o cobrem. Ou dela.

Uma chuva fina prolonga do lado de fora e por um instante, cogito me manter aqui. Poderíamos assistir filmes noir e encomendar pain au chocolat da padaria próxima. Entretanto, volto à encarar a realidade quando o despertador já programado começar a tocar. Os olhos de Romane se abrem em espanto durante o primeiro toque de Lullaby do Nickelback. Suas pupilas negras verificam primeiro o teto e em seguida o meu rosto. Seus olhos surgem frios e assustados, como se estivessem em alerta.

-Bom dia. -Sorrio, de forma cautelosa, observando seu semblante avançar de precaução para indiferença. -Você está bem?

Os olhos soturnos piscam outra vez, sonolenta e até um pouco perdida. Romane se senta sobre o colchão, o corpo ainda seminu, e em seguida puxa minhas pernas com os braços fortes, fazendo com que eu sobressalte diante do ato repentino.

-Como não posso estar bem? Coloquei a cara no meio das suas pernas essa noite, pelo que eu lembre. -O sorriso magnífico retoma o posto e logo sinto o coração descompassar duas vezes seguidas. -Não dormia assim há tempos.

Deslizo o indicador por seu tronco, as pontas contornando de forma suave as auréolas acastanhadas. Umedeço os lábios assim que as noto intumescidas.

-Assim como?

A morena esfrega as mãos grandes entre os cabelos e abre outro sorriso. Não um sorriso sacana como de costume. Um gentil e sincero. Fazendo com que eu me sinta enfeitiçada.

-Muito bem. Digamos que eu tenha...-Fita através do meu ombro e divaga alguns instantes. –Dificuldades em dormir.

Suas unhas cravam sobre as minhas coxas desnudas e mais uma vez presencio a boceta encharcar ao vê-los acariciarem a lateral da virilha.

-Quais tipos?

Romane dá de ombros.

-Traumas do passado. Talvez eu não seja tão equilibrada quanto pareço ser. Você entende?

Assinto, buscando suas mãos pelo lençol. Quando as encontro, entrelaço os dedos aos meus, contemplando a expressão no seu rosto suavizar.

-Eu entendo.

𝐎 𝐒𝐄𝐆𝐑𝐄𝐃𝐎 𝐃𝐄 𝐌𝐎𝐍𝐓𝐌𝐀𝐑𝐓𝐑𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora