𝐓𝐫𝐚𝐠𝐚𝐊 𝐚𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐜𝐚𝐬! 𝐀 𝐜𝐚𝐫𝐧𝐢𝐟𝐢𝐜𝐢𝐧𝐚 𝐢𝐫𝐚́ 𝐜𝐚𝐊𝐞𝐜̧𝐚𝐫...

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Romane

-Então você simplesmente fodeu com ela ontem à noite?

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-Então você simplesmente fodeu com ela ontem à noite?

Olho de esguelha para Hanna sentada em sua cadeira giratória de frente ao computador. Uma fina camada de chuva dança pela parede de vidro ao redor da estufa. A princípio, Volk se encontra há mais ou menos duas horas reunindo informações o suficiente para fisgarmos Matteo Costa em uma emboscada e finalmente executar o braço direito do inimigo. No entanto, dou apoio moral socando sacos de box e o manequim de tiro pendurado pelo pescoço.

Solto uma lufada de ar e retomo as pancadas no equipamento. O suor espalhando-se pelo rosto e ensopando a regata escura. Após deixar Adèle na estação de trem hoje de manhã, avistei Hanna espreitando pelo prédio esperando por mim. Contei em pouquíssimos detalhes o que havia acontecido, menos a parte de estar completamente entregue pela garota.

-E como foi?

-Não enche, Volk.

-O quê...Eu só quero saber o que aconteceu, Romane! Estava obcecada por ela e agora seu quarto cheira a sexo e você também!

Interrompo o treino e caminho até ela, recebendo um olhar desafiador e sarcástico.

-Eu não estou cheirando à nada, sua vadia. Apenas dormi com Adèle. Não tem nada demais nisso. Você mais que ninguém sabe que já transei com várias mulheres. Por que a porra da curiosidade agora?

Ela estala a língua e afasta as pernas, apoiando os cotovelos sobre os joelhos. Seus olhos são marcados por um azul profundo e isso sempre me desestabiliza. Volk nunca consegue escapar nada.

-Você matou a ex-namorada dessa garota. Viveu atrás dela todos esses dias e acabou de usar o verbo dormir ao invés de foder. Cara, você tá muito ferrada.

Suspiro fundo e seguro os cabelos úmidos entre os dedos, puxando uma cadeira e sentando de frente à ela. Volk me examina um tanto curiosa, mesmo com uma dose de zombaria.

-Aconteceu. O que queria que eu fizesse? Eu...-Esfrego as mãos pelo rosto, recordando da noite passada. Os gemidos, os olhares, o aroma doce do seu cabelo. Aquele corpo maldito e a alma pura. -Porra. Nunca senti isso antes e não sei o que fazer. Parece uma daquelas charadas que Ed nos dava durante a semana e caso não resolvêssemos, lutaríamos com os babacas quatro anos mais velhos.

Volk segura meu ombro esquerdo com a mão e o aperta em seguida.

-Você não é responsável por sentir o que sente por ela, Estivalet. -Diz, a voz pausada. -Mas será responsável pelas consequências das ações que esse sentimento irá acarretar. Sabe do que estou falando, não é?

Anuo com a cabeça e abro os olhos.

-Ömer.

-Ele irá matá-la. Está disposta a lutar por essa garota? Sangrar mais do que o necessário? Adquirir mais uma guerra no currículo por estar apaixonada por ela?

Suspiro fundo. Ela tem razão. Ela sempre tem a porra da razão.

-Estou disposta a morrer por ela, Hanna.

-Então é melhor estar disposta a perdê-la também. Infelizmente, essa é a nossa vida. Caçamos porcos e os estripamos. O porco maior está atrás de nós, se não dela também, Romane. Está colocando Adèle em perigo e consequentemente você também.

-Não consigo deixá-la, Volk. Acredite, eu já tentei.

Hanna bufa alto e gira a cadeira outra vez para a frente do computador. Me aproximo e paro ao seu lado, visualizando algumas teias de conexões feitas por ela mais cedo.

-Então prepare-se para morrer e lutar por essa garota, Estivalet. Não podemos acrescentar mais uma morte inocente no histórico. Não trabalhamos assim. -Fixa o olhar por alguns segundos e aceno com a cabeça. -Porra, eu nunca te vi desse jeito por nenhuma mulher antes. Esqueça ela dois segundos, ok? Temos que focar no plano em emboscar Matteo e assassinar esse verme o quanto antes.

Aponto para um folheto na teia. Consistia em um número de telefone, local e horário marcado. Estreito a sobrancelha.

-O que isso significa?

-Parte da armadilha requer sermos iscas para ele. Matteo estará em Paris a mando da máfia e a procura de garotas da idade de 12 a 20 anos. Você será uma das selecionadas. Parabéns, querida.

Reviro os olhos após seu sorriso duro.

-E como pretende fazer isso?

-Consegui o contato de um dos agentes que está acompanhando ele em Paris e ofereci uma venda de dez mil euros por uma virgem mexicana de vinte anos.

Solto uma gargalhada.

-Eu valho essa miséria? E só por curiosidade, não está meio na cara que Matteo nos conhece desde os quinze anos de idade?

-Mudamos muito daquela época para cá. E além do mais, você não será vista por ele até estar em seu quarto de hotel. Te entregarei aos seguranças com um saco preto na cabeça e creio que até o momento esperado, já tenha os matado.

Arfo e esfrego os joelhos com as mãos. Hanna bate sua perna contra a minha e arqueia uma das sobrancelhas, curvando os lábios para cima.

-Quando irá acontecer?

𝐎 𝐒𝐄𝐆𝐑𝐄𝐃𝐎 𝐃𝐄 𝐌𝐎𝐍𝐓𝐌𝐀𝐑𝐓𝐑𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora