𝐌𝐚𝐧𝐭𝐞𝐧𝐡𝐚 𝐨𝐬 𝐚𝐦𝐢𝐠𝐨𝐬 𝐩𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐞 𝐨𝐬 𝐢𝐧𝐢𝐦𝐢𝐠𝐨𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐩𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐚𝐢𝐧𝐝𝐚

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Adèle

Desfaço a mala conforme a ouço derrubar alguns copos na cozinha

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Desfaço a mala conforme a ouço derrubar alguns copos na cozinha. Gargalho baixo após escutar o xingamento espanhol praguejado em bom som no cômodo logo atrás.

Dalí solta um miado agudo e agita o rabo quebrado antes de pular da cama e sapatear até o corredor. Segundos depois, a morena surge no quarto com o gato enrolado nos braços. O observo ronronar de forma manhosa, esfregando o rosto peludo em suas mãos tatuadas. Engulo quando noto a marca da bala suturada próximo ao ombro. Mais uma cicatriz na coleção.

-O que acha de irmos lá para casa? -Seus pés se arrastam ao meu redor e capto Dalí pular outra vez na cama conforme dobro algumas camisetas limpas. Suas mãos grandes envolvem o meu quadril e sinto a familiar pontada na boceta. O hálito quente arranhando o meu pescoço e em seguida a boca traça pequenos beijos molhados na nuca. -Eu sei o que você quer, amor. Sei o quanto espera que eu enfie os dedos nessa sua boceta melada por baixo da calcinha.

Vejo as bochechas queimarem e viro, fazendo com que fiquemos cara a cara. Contemplo o sorriso canalha em seus lábios e o olhar se arrastando para o decote em V da blusa vermelha de lã. Dou um tapa em seu ombro bom e Camille lança o pescoço para trás, gargalhando como uma criança.

-Você está com um buraco no ombro! -Vocifero entredentes. A morena estala a língua e leva a mão até minha garganta, a envolvendo em um aperto suave, embora possessivo. -O médico disse sem movimentos bruscos.

Se aproxima mais, alguns dos dedos no pescoço enquanto os outros descem pelos seios, a barriga e por fim o quadril, cravando as unhas curtas.

-Sou boa em comer com a mão direita, meu amor. -A entonação escapa de forma rouca e umedeço os lábios, recordando da imagem dos seus polegares entrando e saindo de mim. -Garanto que consigo te fazer gozar só com ela e a minha língua. -Provoca, levando o músculo citado anteriormente por todo o meu pescoço, gerando linhas úmidas pela pele. Solto um gemido baixo, sendo o suficiente para que grunha em resposta e me jogue sobre a cama. Dalí escapa pela porta do quarto como um tigre e ouço a risada baixa de Camille percebendo a fuga do gato.

-Tem certeza? -Ergo o quadril para que facilite a retirada da calça jeans pelas pernas conforme noto a agonia em seus olhos escuros. Ela lambe os lábios cheios e me dá um tapa na coxa direita, me fazendo arquejar e abrir as pernas. Camille sorri com os dentes, a excitação no semblante é quase palpável e tenho ciência do quanto precisa de mim nesse momento, do mesmo jeito que preciso dela.

-Fiquei por quase uma semana na porra de uma cama, Adèle. -Grasna. Os movimentos são bruscos, embora não me machuquem. Solto um gemido baixinho assim que sinto sua mão por baixo da calcinha, pressionando o clítoris com a palma. -Eu só quero você. Preciso de você. Entende isso, Cariño? Compreende que quero te foder?

Anuo com a cabeça inúmeras vezes e puxo sua nuca com a mão. Selo nossos lábios em um beijo urgente e Camille envolve sua língua na minha em um movimento ardente e preciso.

𝐎 𝐒𝐄𝐆𝐑𝐄𝐃𝐎 𝐃𝐄 𝐌𝐎𝐍𝐓𝐌𝐀𝐑𝐓𝐑𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora