Capítulo 33

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A reunião havia acabado e Killian foi o primeiro a sair. Assim que ele pisou o pé pra fora todos soltaram um suspiro de alívio enquanto folgavam suas gravatas, as mulheres também afrouxaram o primeiro botão de suas camisas.

— Sr. Blanc, aconteceu algo com seu filho? Ele geralmente não é tão reativo. — Um dos executivos, Conan, falou enquanto limpava o suor da testa. — Não sinto tanto medo desde meu primeiro ano como estagiário de finanças.

— Eu não sei. Mas ele normalmente não ficaria tão irritado por apenas $3 bilhões, algo deve ter acontecido antes da reunião, acho que esse incidente só foi mais uma d'água pra ele. Alex, sabe onde ele estava antes?

— Acho que ele estava com Charlotte. Por que? Acha que eles brigaram?

— Charlotte? É a namorada que ele apresentou no baile, não é? — Conan perguntou.

— Isso mesmo. — Meu pai afirmou.

— Vou ligar pra ela.

Peguei meu celular e liguei.

— Oi Alex! Tá tudo bem? Você nunca me liga sem aviso.

— Cunhada, você e meu irmão brigaram?

— Hum? Não, não brigamos, por que?

— Ele não estava nada feliz durante a reunião, por um momento achei que ele iria bater de verdade nos dois diretores que fizeram uma burrada sob o comando dele.

— O Killian?! Aí meu Deus... Não achei que ele ficaria tão bravo com o que eu disse...

— Então vocês brigaram?

— Não! Eu só falei algumas verdades sobre como as pessoas realmente me vêem quando ele me apresenta como sua namorada.

— Você o que?!!

— E eu também posso ter dito que entendo o ponto de vista do avô de vocês em relação mim.

— Porra... Tá explicado o porque ele estava com cara de que iria matar um...

— Não se preocupe, já já ele volta ao normal.

— Fale por você! Cunhada, você não o viu aqui hoje! Se alguém fizer o mínimo pra tirar ele do sério hoje, acho que ele realmente mataria alguém. Ele já estava estressado antes, principalmente agora que tem paparazzis enchendo a paciência dele e tem o vovô que volta hoje. — Soltei um logo suspiro cansado.

— Tá, e o que espera que eu faça? Ele não vai me escutar, sou a razão pra ele estar tão bravo assim.

— Dá seus pulos, você que é namorada dele!

— Haa... Tudo bem. Vou ver se consigo falar com ele.

— Eu e o resto das próximas possíveis vítimas de Killian agradecemos.

Desliguei a ligação.

— Ela disse que vai conversar com ele.

— Espero que ela consiga acalmar ele, se não... — Meu pai virou para a pessoas presentes na sala. — Vocês vão ter que sofrer um pouquinho.

Eles estão olhando para meu pai com o olhar de pedido de ajuda.

— Não se preocupem, ele não vai trazer problemas pessoais para o trabalho, no máximo vai ficar um pouco mais exigente, mas nada fora do comum exigente dele. — Meu pai falou dando um sorriso.

— Eu preciso de férias. — Disse Conan e todos concordam.

— Qual é, não eram vocês que há alguns meses estavam reclamando que meu filho era novo demais para o cargo? Agora que ele está exercendo o papel com excelência, vocês reclamam.

— Isso é porque é seu filho! Se agora ele já é intimidante, imagina daqui há 5 anos.

— Boa sorte pra vocês.

Meu pai se virou para sair e eu o segui.

— Acho melhor falar para meu pai não falar com Killian hoje, se não será uma guerra na nossa família. — Meu pai falou entrando no elevador e eu também.

— São dois teimosos. Se o vovô tocar no assunto sobre Charlotte... Aí sim vai ser uma dor de cabeça.

— Nem tenha dúvida.

Eu e meu pai soltamos suspiros cansados  ao mesmo tempo.

---Ponto de Vista, Charlotte---

Eu havia acabado de chegar no apartamento de Killian, tirei meus sapatos e olhei pela casa.

— Ele ainda não chegou...

Fui para o quarto dele e me joguei na cama de barriga para cima olhando para o teto.

— O que eu vou falar..?

Eu entendo que Killian está preocupado sobre como as pessoas vão se portar comigo sendo namorada dele e sendo da classe social que sou, mas não tem nada que eu possa fazer pra mudar isso...

Escutei a porta da entrada sendo aberta e os passos se aproximaram do quarto.

— Você veio... — Escutei a voz profunda de Killian.

Me levantei e fui até ele.

— Você falou que queria conversar depois, então eu vim. — Observei seu rosto. — E pelo jeito seu humor não está melhor.

— Não é de palavras que preciso agora. — Ele abaixou a cabeça me beijando sedento enquanto tirava sua camisa social.

— Espera..! — Falei recuperando o fôlego. — Vá mais devagar.

Ele me jogou na cama, subindo em cima de mim logo em seguida.

— A última coisa que irei fazer nas próximas horas é ir devagar com você.















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