A morte de uma cortesã não comovia ninguém de fora os portões da casa onde ela vivia. Na maioria das vezes eram somente as parceiras de trabalho e nem mesmo familiares apareciam. Com Karin não foi diferente. O velório silencioso com pouquíssimas pessoas para falar de uma mulher que a maioria nem conhecia. Mas era Karin Uzumaki, o mesmo clã de Uzushiogakure. A menina foi vendida ao Palácio depois que a mãe descobriu que ela era abusada pelo próprio pai. Era mais fácil se livrar dela do que enfrentar o marido.
Ela era apaixonada por Sasuke, mesmo que ela tenha tido desprezo por ela, já que ela não era mais pura. Era o máximo que ela teria de acordo com as palavras da mãe dela. Melhor ser uma concubina, como na era mais virgem era difícil arrumar um bom casamento.
E ela depositou todas as suas esperanças em Sasuke. Mesmo que o sexo com ele sempre fosse doloroso. Mesmo que ele a comparasse o tempo todo com Hinata, ela ainda acreditava. Ela acreditou nele até o dia que ele a levou para a Casa Flor de Lis e a vendeu para a dona Yaga para que nunca mais a visse novamente. Acreditou até o último momento que seria só uma fase e ele voltaria para buscá-la. Mas ele nunca buscou.
Yuki segurava Sarada no colo enquanto Mei juntava as coisas de Karin junto com Chise, uma outra cortesã que também residia naquela casa junto com as outras quinze mulheres.
— Ela não tinha muita coisa. — Chise disse colocando as últimas coisas numa caixa.
— Ela chegou aqui só com a roupa do corpo. Igual a mim mesma. — Mei disse cabisbaixa.
— O que diremos à Sarada quando ela entender? — Yuki perguntou enquanto ninava Sarada em seu colo.
— A verdade. Que a mãe dela alucinou esperando um sapo que jura que é príncipe. — Mei disse irritada.
O som dos passos de Yaga reverberaram por todo o anexo. A dona daquela casa chegou até onde era o quarto de Karin e fez uma cara de nojo.
— Ela podia ter morrido em outro lugar.
— Vamos fechar hoje,Yaga-sama? — Chise perguntou esperançosa.
— Lógico que não! Você tem cada ideia! Eu vim levar a criança.
— Para onde? — Yuki segurou Sarada mais forte.
— Eu não vou sustentar essa pirralha! A mãe dela me devia dinheiro e ficar com ela aqui vai ser só prejuízo!
— Não pode fazer isso! Para onde essa pobre criança iria?
— Não me interessa! Aqui que ela não vai ficar.
— Ela não tem mais ninguém!
— Isso não interessa! Agora vamos, me dê essa menina!
— Não! — Yuki disse em tom desafiador.
— Expulso você e ela daqui sua ordinária!
— Eu não ligo!
Yaga encarou Yuki que mantinha-se abraçada a Sarada e sentiu até o olho tremendo de raiva. Expulsar Yuki naquele momento seria prejuízo. A mulher era esforçada, limpava sem reclamar e mantinha tudo em ordem e não era fácil achar funcionários para a casa. Entretanto ela não iria perder aquela briga.
— Se quer tanto essa menina pode ficar. Mas vai ficar com a dívida da mãe dela.
— Dívida?
— Acha que as mantive aqui todo esse tempo sem trabalhar de graça? Não! E eu as alimentei, dormiram sobre o meu teto, tiveram roupas e até coisas para essa criança eu comprei! Ela iria trabalhar aqui pelo menos mais uns cinco anos. Considere sua dívida agora.
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A Concubina mais amada do Príncipe Itachi
Fiksi Penggemar[NÃO RECOMENDADA PARA MENORES DE 18 ANOS] Numa era antiga onde o Imperador Madara comandava com mãos de ferro, uma jovem da nobreza vê sua vida se transformar ao ser entregue ao Príncipe Itachi como pagamento de uma dívida. Porém, dentro dos portões...