40 - Para sempre sua

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ESTE CAPÍTULO CONTÉM CENAS MUITO QUENTES 🔥 🔥 🔥 



Itachi encarava Yuki com decepção e ela desejava que o mundo a engolisse naquele momento. Em sua mente havia dezenas de perguntas. Como ele descobriu? O que ele estava fazendo ali? E por que ela sentia como se estivesse cometendo um crime? Eles não tinham mais nada, ou tinham?

— Eu fiz uma pergunta. Era isso que estava fazendo o tempo todo? — Itachi disse com a voz grave.

— Eu... não... não. O que o senhor está fazendo aqui?

— Sou o contratante.

— O senhor que exigiu a baixinha de cabelos curtos? Como sabia sobre mim?

— Isso importa? — Ele seguiu até uma das cadeiras e sentou-se cruzando as pernas.

O quarto tinha uma cama grande cercada de cortinas de seda vermelha, os lençois eram brancos, havia também uma pequena lareira que mantinha o quarto aquecido já previamente preparado. O chão de uma madeira polida e brilhante. Havia uma mesa redonda de madeira com quatro cadeiras estofadas e uma poltrona tipo divã, ambas na cor vermelha. O incenso que queimava tinha um odor suave de canela, o saquê já havia sido levado antecipadamente para o desfrute do Imperador. O quarto em que estavam era o melhor daquele lugar. Espaçoso, arejado, com algumas pinturas em formato de flores na parede, arranjos minimalistas, uma varanda com saída para um elegante jardim de inverno com uma fonte com pedras cheia de carpas.

O homem pegou a jarra de saquê, o tokkuri e despejou o líquido em um sakazuki de prata e levou a boca ainda olhando para Yuki. A bebida já havia sido testada por um provador de venenos minutos antes do Imperador entrar ali. Do lado de fora, os guardas vigiavam o local e ninguém teria autorização de entrar, e muito menos de sair. Ali naquela noite, Yuki daria atenção a ele, por bem ou por mal.

Yuki engoliu seco ao perceber que o homem mantinha-se frio e irredutível. Tinha o maxilar travado toda vez que olhava para ela e parecia estar se contendo para não brigar com ela. Ela se levantou devagar e ficou sem saber o que fazer. Se corresse provavelmente ele a impediria e não havia nenhuma saída alternativa. Tinha o jardim de inverno, mas os muros eram altos para pular, ainda mais usando aquele quimono.

— Deve haver algum engano, alteza. — Ela disse com a voz trêmula.

— Não há engano nenhum. Embora eu tenha desejado imensamente que fosse mentira quando me informaram sua nova profissão.

— Não é o que está pensando.

— E o que veio fazer aqui hoje? Não veio oferecer seu corpo a um desconhecido? Ou é mentira?

— Eu... — Yuki abaixou a cabeça envergonhada. — Não tive muita escolha.

— Tinha sim, cortesã. Eu te ofereci tudo! E você não aceitou! Preferiu vender seu corpo a ser minha Imperatriz ou minha concubina. Diga-me, a ideia de estar ao meu lado é tão deplorável assim? — Itachi falhou a voz por um breve instante. Parecia que as palavras estavam rasgando sua garganta. Ele se levantou da cadeira e ficou encarando a mulher com as sobrancelhas franzidas.

— Não é bem isso! Eu pedi ao senhor os títulos da minha família e o senhor me disse que tinha que arrumar um marido! Como arrumar um marido se sou infrutífera?

— Eu seria seu marido! Daria o mundo se você quisesse, então por que me despreza dessa maneira?

— Majestade, não é sobre o senhor e sabe disso.

— Se está falando sobre a Konan, ela é a mãe dos meus filhos! Eu não posso mudar isso. Eu me arrependi de ter ficado com ela num momento de fraqueza, mas você também seguiu sua vida quando se deitou com Yahiko. Acha que isso não me incomoda? — Aquela era a primeira vez que Yuki via o Imperador tão emotivo. Falando sobre seus sentimentos mais obscuros de maneira tão clara.

A Concubina mais amada do Príncipe ItachiOnde histórias criam vida. Descubra agora