44 - Nuvens Tempestuosas

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Yuki enfrentava olhares e comentários negativos no palácio. Como uma plebeia, ela se tornara Imperatriz, o que gerou muitas críticas. No entanto, Yuki realizou diversas ações benéficas: ajudou orfanatos, criou programas para os pobres, visitou comunidades carentes e estabeleceu leis para a área conhecida como "rua vermelha". Sua determinação e compaixão inspiraram muitos. Mesmo assim nada era suficiente.

Tsunade fez de tudo para coagir o conselho contra a nora indesejada, argumentando sua própria legitimidade. No entanto, a decisão de Itachi permaneceu inabalável. Ele optou por ignorar as atitudes de sua mãe, atendendo ao pedido de sua esposa.

A tensão no Palácio era palpável. Yuki se sentia dividida entre as tentativas de Tsunade, a mãe de Itachi. Por um lado, desejava a aprovação da matriarca e ansiava por um relacionamento harmonioso. Por outro, estava determinada a seguir seu coração e a fazer o bem como Imperatriz, independentemente das opiniões negativas.

No escritório do Imperador, Yuki franziu a sobrancelha observando o marido assinar diversos documentos e se aproximou. — Itachi, não quero ser um peso para o Palácio. Mas não vou abrir mão do nosso amor.

Itachi olhou para ela com intensidade. — Nem eu. Manterei minha decisão, mesmo que o mundo todo queime.

Yuki soltou um suspiro pesado e depois ficou pensativa. Ela sentia que nada ali seria tão simples assim.

(...)

Konan enfrentava uma situação delicada. Apesar de sua posição como concubina, ela não passava disso no palácio. A ausência das visitas do imperador a deixava ainda mais insegura. Ela sabia que dependia da benevolência de Yuki mais de qualquer coisa. Ela enfrentava a pressão e o isolamento com uma mistura de tristeza e resignação. Como concubina, ela sabia que seu lugar no palácio era limitado, e a ausência das visitas do imperador a deixava ainda mais solitária. No entanto, Konan encontrava consolo nos momentos com seus filhos gêmeos, buscando forças para seguir em frente.

Ela tinha que ir atrás de qualquer fagulha de esperança. Naquela noite, pediu a uma das servas que ficasse de olho para quando o Imperador ficasse sozinho. Quando a serva acenou de longe ela se preparou.

A noite estava enluarada, e o vento sussurrava nas folhas do jardim do palácio. Konan esperou pacientemente até que seus filhos adormecessem, seus corações inocentes alheios às tensões que permeavam o ambiente. Com passos silenciosos, ela atravessou os corredores, guiada apenas pela luz prateada que escapava pelas frestas das portas.

Ao chegar ao escritório do imperador, Konan hesitou por um momento. As velas lançavam sombras dançantes nas paredes, e o aroma de pergaminhos antigos impregnava o ar. Ela sabia que estava arriscando tudo, mas o desespero a impelia.

As portas se abriram com um rangido suave, e Konan entrou. O imperador estava sentado à sua escrivaninha, imerso em documentos e decisões que moldavam o reino. Ele ergueu os olhos, surpreso ao vê-la ali.

— Konan? — disse ele, sua voz fria como o mármore do palácio. — O que você está fazendo aqui?

Ela se aproximou, o coração apertado e se ajoelhou diante do imperador. — Itachi, eu não posso mais suportar essa solidão. Eu imploro por seu amor, por sua atenção.

O imperador a fitou, seus olhos escuros e insondáveis. — Não seja ridícula. Isso não combina com você. O que tivemos foi importante, Konan. Mas o amor da minha vida é Yuki. Ela é a Imperatriz, e eu não posso mudar isso.

Konan sentiu as lágrimas ameaçando, mas ela se manteve firme. — Eu sei que sou apenas uma concubina, mas também sou mãe dos seus filhos. Não posso ser apenas uma sombra na sua vida.

A Concubina mais amada do Príncipe ItachiOnde histórias criam vida. Descubra agora