A Concubina mais amada do Príncipe Itachi

41 - Vida longa à Imperatriz

A noite do casal apaixonado parecia maior do que de costume. A lua parecia mais brilhante. O mundo inteiro estava dentro daquelas paredes. Eles estavam trocando um beijo apaixonado debaixo dos lençois brancos. Yuki não era nada ali de uma mulher que estava amando sem reservas, assim como Itachi era um homem que estava vivendo o amor nos braços dela.

— Eu quero que você vá morar comigo e não aceito não como resposta. — Ele disse tentando recuperar o fôlego.

— Eu não sei.

— Do que tem tanto medo meu amor?

— De que se canse de mim.

— Isso jamais vai acontecer.

— E medo de que cobrem um filho legítimo meu e seu. Ou que você queria e eu não possa te dar.

— Eu quero você porque te amo. Quando você vai entender isso?

Yuki levantou o corpo na cama e sentou-se cabisbaixa. — Eu quero ir. Mas tem algumas questões.

— Quais meu amor? — Ele a envolveu em um abraço.

— A Konan não ficará feliz em me ver lá.

— A Konan não tem que achar nada.

— E nem sua mãe.

— Ela também não tem que achar nada.

— E... eu tenho uma dívida com a senhora da casa.

— Uma dívida?

— Lembra da Karin?

— Karin? — Ele parou para tentar lembrar. — Não me recordo.

— Uma das concubinas do Príncipe Sasuke. A de cabelos vermelhos.

— Sei. O que tem ela?

— Eu cheguei lá e descobri que ela tem uma filha. Só que a Karin estava em delírio. Não cuidava da menina, vivia balbuciando coisas. Mas daí um dia ela se jogou da varanda de seu quarto e faleceu. A madame queria levar a menina e eu não deixei. Ela disse que se eu quisesse ficar com a menina eu deveria ficar com a dívida da mãe.

— E que valor seria essa dívida?

— Vou trabalhar o resto da vida pra ela, praticamente. Mas eu não podia deixar a menina ser levada.

— Ela está mantendo você lá?

— Tenho um contrato.

Itachi olhou para Yuki e suas sobrancelhas formaram um V. Ele ficou pensativo em silêncio por um longo tempo e depois se levantou da cama e foi até a janela e abriu parcialmente a cortina. O sol não ia demorar a nascer.

— Yuki, quero que vista-se.

— Ah, sim. Claro. Quer que eu saia? Já deve estar na hora mesmo de voltarmos para a casa.

— Não vai sair de perto de mim. Tudo o que tem naquela casa é a menina?

— Acho que ela acabou virando minha filha. Embora tenha quase certeza que seja filha do príncipe.

— Eu imaginei. Mas se o conheço bem ele jamais a assumiria. Não depois de todo esse tempo que ela ficou na Casa das cortesãs.

— E o que pretende, meu imperador?

— Vai me chamar de marido ou de Itachi. É a única coisa que eu exigirei de você e não abro mão.

— Marido?

— Sim. Dirá: e o que pretende, meu marido?

— Isso... eu... — Yuki sentia a emoção que há tempos não sentia. Quando ainda acreditava que teria uma vida feliz.