O tempo parecia passar mais rápido do que Itachi desejava. Havia saído de Konohagakure fazia meses e até aquele momento nenhuma informação sobre Yuki e as outras. E isso além de aumentar sua tristeza, também aumentava sua raiva.
Ele invadiu cada ponto suspeito e eliminou membros da Resistência como se fossem pragas indesejadas. Um homem que tornou-se implacável. Parados num acampamento improvisado ele observava as chamas tremulando na fogueira enquanto Sasuke bebia mais uma garrafa de saquê. O príncipe parecia beber ainda mais depois que Hinata foi tirada do Palácio.
A primeira coisa que o Príncipe fez foi mandar executar todos os guardas sobreviventes que estavam de plantão naquela noite. Segundo ele, se fossem mais eficientes sua concubina e sua esposa não teriam sido levadas.
Em seguida ele visitou as outras concubinas depois de muito tempo. Depois mandou que as tirassem imediatamente do Palácio porque elas eram "incompetentes" demais. Desde então ele afoga as mágoas na bebida.
— Precisa maneirar nessa bebedeira. Desse jeito, mal vai conseguir lutar. — Itachi repreendeu o irmão.
— Me deixe em paz! É a única coisa que me resta! Minha Hinata! — Sasuke começou a chorar abraçado à garrafa, uma cena que fez Itachi revirar os olhos.
— Vamos, venha deitar. Chega disso! Amanhã vamos voltar ao Palácio.
Itachi carregou o homem choroso para sua tenda e em seguida ficou diante da fogueira mais uma vez. Já era a terceira noite sem dormir.
No dia seguinte o exército voltou ao Palácio depois de meses fora. Tsunade ficou no comando até que o imperador voltasse. Montado num cavalo preto o homem entrou no Palácio sobre a euforia do povo. Quando se aproximou da entrada, a Imperatriz Viúva já estava o aguardando. O homem desceu do cavalo, sendo seguido por Sasuke.
— Meus filhos!
— Por favor, mãe. Fale mais baixo. — Sasuke disse levando a mão à cabeça.
— Ele está de ressaca. — Itachi disse e em seguida foi abraçado pela mãe.
— Como estão as coisas meu filho?
— Mãe, eu preciso de um banho e descansar um pouco. Depois nos falamos.
Itachi saiu de perto de Tsunade com uma expressão de raiva e tristeza. Parecia outra pessoa aos olhos da Imperatriz.
Ele seguiu para os seus aposentos e ali ficou por dois dias. A maioria achou que ele estava com sua concubina Konan, porém esteve sozinho traçando estratégias de guerra. Ainda sem dormir, apenas com cochilo curtos entre um intervalo e outro. O exército imperial era grande, conquistado com sangue pelas mãos do impiedoso Madara, porém Itachi queria algo mais que conquistas e impérios. Ele queria sua amada Yuki, saber se ela estava bem, se estava viva. Isso estava o consumindo. A dúvida, a incerteza e o medo de que a mulher que amava estivesse morta.
Quando o sol invadiu seu quarto, empurrando a brisa fria daquela manhã, o imperador saiu de seus aposentos e foi ao encontro de sua mãe e de Jiraya. Os dois estavam muito próximos, o que incomodava Itachi. Não por ciúmes da mãe, mas por conhecê-la, ele sabia que algo estava muito errado. Ele entrou em silêncio e sentou-se diante deles.
— Onde está Sasuke? — Ele perguntou ao notar a ausência de seu irmão.
— De cama. Sabia que seu irmão estava bebendo tanto? — Tsunade perguntou cruzando os braços sobre as pernas.
— Ele precisa descontar a fúria em alguma coisa. Já que a mulher que ele usava para isso não está aqui, só resta beber até cair. — Itachi disse ironicamente.
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A Concubina mais amada do Príncipe Itachi
Fanfic[NÃO RECOMENDADA PARA MENORES DE 18 ANOS] Numa era antiga onde o Imperador Madara comandava com mãos de ferro, uma jovem da nobreza vê sua vida se transformar ao ser entregue ao Príncipe Itachi como pagamento de uma dívida. Porém, dentro dos portões...