21 - O gosto amargo da liberdade

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As três mulheres entraram na tenda do líder ainda desconfiadas. Pain estava sentado com as pernas cruzadas observando atentamente cada uma delas.

— Espero que estejam bem instaladas. — Ele disse com a voz grossa.

— Somos prisioneiras? — Sakura perguntou ainda temendo seu destino naquele local.

— Não.

— E quem são vocês? — Hinata dá um beliscão na rosada que manteve-se firme olhando para o líder.

— Nós somos a Akatsuki. — Pain disse o nome da organização e Hinata lembrou-se do documento que deveria entregar e tateou em si mesma lembrando-se do mesmo. — O documento já está comigo. Me perdoe por ter pego antecipadamente. Neji Hyuuga sempre foi diferente da corja que é aquele clã. Aqui ele diz que vocês são do Palácio do Fogo. Duas concubinas e uma consorte do atual Imperador e do Príncipe. Aqui ele pede que acolhemos vocês.

— Nós podemos simplesmente voltar ao Palácio! — Yuki disse determinada.

— Você pode ir se quiser. É livre. — Yuki deu um sorriso de alegria e alívio, então Pain continuou. — Entretanto, você acha que está livre? Vai voltar para o Palácio e viver a vida de contos de fadas enquanto o mundo queima do lado de fora? As três ladys aqui presentes sabem como está o mundo aqui fora? Antes de tomarem sua decisão de ir embora gostaria que desse uma volta neste acampamento. Sabem o que fazemos?

— São uma resistência? — Hinata perguntou receosa.

— Não. Kurama é uma resistência, nós somos a linha que costura os estragos enquanto os grandes se engalfinham por poder. Enquanto eles marcham pisoteando vilas, mulheres e crianças. Nós acolhemos os desabrigados, curamos os doentes e alimentamos os famintos.

— O Imperador jamais permitiria tal coisa! — Yuki retrucou.

— Está falando do atual? Que assumiu recentemente? Ele eu não sei. Mas o pai dele massacrou vilas inteiras, e deixou um rastro de destruição. E do outro lado tem os Senjus que são praticamente a mesma coisa. Poderia haver esperança se o líder ainda fosse Hashirama. Mas infelizmente o poder agora é do irmão dele. Acredito que ele nem esteja mais vivo, e eles estejam marchando em nome dele para que ganhem mais aliados.

— E a Kurama? — Hinata perguntou já temendo a resposta.

— Com o seu pai no comando, Lady Hyuuga? Sabe muito bem que os Uzumaki foram seduzidos pelas palavras de revolução do seu pai.

— Tá. Os Senjus são ruins, Uchihas são ruins, Kurama também e vocês são bons. Eu entendi! E aí? — Sakura perguntou impaciente.

— Não somos bons. Como eu disse, somos uma linha de costura, e vamos apoiar o lado mais correto. Que vai dar comida ao povo, uma condição melhor para viverem. Caso contrário continuaremos nas sombras. Até que um líder de verdade apareça. Vocês passaram por alguma cidade decente pelo caminho?

— Não... — Sakura respondeu cabisbaixa.

— Pensem bem. O que decidirem, será respeitado.

— E o que faríamos? Não temos outro lugar para ir! — Yuki disse chorando.

— Aqui precisamos de quem cuida de doentes, que ajude com a alimentação, roupas e para as mais determinadas até mesmo a defender nosso acampamento. Agora tenho que ir.

Yuki viu o líder sair da tenda e depois seguiu para fora e começou a observar as tendas. A maioria eram crianças e idosos, faltando membros, desnutridos, mulheres grávidas. A jovem de cabelos cacheados sentiu o coração como se estivesse sendo dilacerado. Ela parou diante de uma mulher, com o semblante abatido, olhos fundos.

A Concubina mais amada do Príncipe ItachiOnde histórias criam vida. Descubra agora