11 - Dever e Obrigação

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Sakura caminhava devagar entre os corredores do enorme Palácio. Sua mente divagava observando os galhos secos da cerejeira que certamente iria florir abundantemente na primavera. A expressão de tristeza em seus olhos de jade evidenciavam o quanto sua estadia ali era infeliz. Isolada em seus aposentos, sabendo através de burburinhos que seu futuro marido era obcecado por uma certa concubina.

— Está aproveitando a estadia, nora? — Tsunade se aproximou da futura consorte de Sasuke.

— Sim, alteza. Tudo aqui é maravilhoso.

— Seus olhos dizem o contrário.

Sakura soltou os ombros pesadamente e deu um suspiro profundo olhando a neve que começava a cair. — O príncipe não parece estar satisfeito.

— Ele nunca está. A personalidade dele consegue ser pior do que a do Imperador. Além do mais, satisfazer um homem é mais fácil do que parece. Eles gostam de ter o ego massageado. Que diga o quanto eles são incríveis e seus paus enormes. — Sakura sentiu o rubor tomar conta de seu rosto ao ver o linguajar da Imperatriz até então desconhecido por ela. — A sua situação depende muito da concubina do Pavilhão Sândalo, Hinata Hyuuga.

— Eu tenho ouvido esse nome desde o dia em que cheguei aqui.

— Então sabe o peso que ele tem.

— E a senhora não pode fazer nada? — Sakura disse com receio.

— Não. Se alguém tocar naquela mulher ele é capaz de causar uma guerra. O velho ardiloso do pai dela parece ter pensado em tudo. Usou a filha para seduzir o Lorde Uzumaki e depois ela seduziu meu filho.

— Acha mesmo que uma mulher pode fazer tudo isso, minha senhora?

— Por trás de um homem poderoso há sempre uma mulher inteligente. Não se esqueça disso.

— Sábio conselho, minha Imperatriz.

— Sakura, se importa de casar no inverno?

— No próximo?

— Neste. Quanto antes vocês se casarem melhor. Tenha um filho do meu Sasuke. Um filho homem. Depois disso ele só terá olhos para você.

Sakura engoliu seco e acenou positivamente com a cabeça. Em seguida ela ficou um bom tempo em silêncio e depois disse com a voz baixa para a imperatriz.

— Eu gostaria de conhecê-la.

— Quem meu anjo?

— A favorita do príncipe.

— Ele não deixa nem eu me aproximar daquele Pavilhão. Ninguém pode. É um recado a todos de que ela é dele. Então é melhor para você que mantenha distância dela, ou terá problemas com o seu futuro marido.

— Mas, minha Imperatriz, eu terei de aceitar ele dormindo todas as noites com ela?

— Vai. Ele mal irá te tocar, ele chegará perto de você com o cheiro dela impregnado no corpo dele. O jeito que ele olha para ela, jamais olhará para você. Mas, você é a consorte. Terá um nome, títulos, será exposta para o povo, terá seu lugar nesse Palácio. Usará uma coroa e carregará o sobrenome de seu marido. Então deixe que ele durma com quem quiser, no fim ela ainda será apenas uma concubina.

Sakura ouviu a frase de sua sogra e apenas acenou com a cabeça. Ela não concordava com aquilo. Por que o mundo do era injusto dessa forma? Ela era no fim apenas um enfeite no trono ao lado do príncipe? Hinata podia ser apenas uma concubina, mas era desejada por ele, amada por ele que seria capaz de tudo por ela. Até mesmo causar uma guerra. Para Sakura, Hinata era muito mais poderosa do que ela jamais seria.

A Concubina mais amada do Príncipe ItachiOnde histórias criam vida. Descubra agora