10 - A Favorita

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Este capítulo contem cenas impróprias para menores de dezoito anos


A notícia da mudança de Yuki se esparramou por todo o Palácio. Era comum ali as notícias se esparramarem rápido. Ainda mais algo dessa magnitude. A primeira favorita do Príncipe Itachi.

Yuki adentrou o enorme Pavilhão que mais parecia um mini Palácio. Havia tudo ali, cozinha, sala, biblioteca, escritório, sala de jantar com uma mesa para dez pessoas. O jardim de peônias dava um charme especial, além da fonte e jardim zen. A casa toda pintada de tons claros e levemente rosados como as peônias do jardim. A jovem concubina entrou no palacete boquiaberta. Era uma construção de dois andares com tudo escolhido a dedo. Tudo ali tinha algo relacionado aos gostos de Yuki.

No quarto no andar de cima havia uma cama grande cercada de cortinas de seda. Só o aposento era maior que a casa do Pavilhão Margarida. A quantidade de quimonos havia triplicado, assim como seus criados. Joias, perfumes, maquiagem. Ali parecia o quarto de uma Imperatriz.

— Lady Yuki. — Kabuto se aproximou da nova favorita. — Sou Kabuto, assistente do príncipe. Ele pediu para lhe explicar o trabalho que a senhora fará.

— Trabalho?

— Sim. Começará com coisas simples e depois vai evoluindo. Ele disse que a senhorita não gosta de ficar parada.

— Não...

— Ok. A partir de hoje, é livre para sair do Pavilhão, na companhia de uma serva pelo menos. Ele não quer que ande desacompanhada.

Yuki tentou conter o sorriso de felicidade. Tudo ali parecia um sonho. Então, era assim que era ser a favorita?

(...)

Longe dali, Mei olhava a movimentação do Pavilhão Peônia segurando os punhos firmemente. Aquilo era um verdadeiro pesadelo. A concubina novata havia se tornado a favorita. Bem diante dos olhos dela. Enfurecida a concubina saiu de seu Pavilhão em direção ao Pavilhão Camélia.

O belo pavilhão cercado de flores vermelhas fazia jus à beleza de sua moradora. Konan tinha cabelos curtos e roxos, olhos âmbar. A expressão sempre séria dava a ela uma exuberância que era vista em poucas pessoas. O quimono preto tinha flores vermelhas, as unhas pintadas por uma solução feita por ela mesma das próprias flores que haviam naquele Pavilhão.

Mei entrou sem muita discrição pisando firme na direção da mulher que fazia origamis de tsuru. A concubina ruiva sentou-se diante de Konan com a expressão de fúria que fez a bela mulher apenas erguer o olhar e depois voltar ao seu trabalho.

— Vai ficar aí o dia todo fazendo origamis enquanto o mundo queima lá fora? — Mei disse enquanto tamborilava os dedos sobre a mesa.

— Bom dia para você também, Mei. A que devo a honra de sua visita?

— O Príncipe Itachi escolheu uma favorita! A novata insossa que chegou aqui para pagar uma dívida e uma afronta ao imperador. Isso não te incomoda?

— Você está cansada de saber que não.

— Você e Kurenai são iguais! Ficam aí com essa cara de paisagem. Você era para ser a favorita, daí deixou outra tomar o seu lugar!

— Eu entendo seu medo, Mei. De que agora com uma favorita, a Imperatriz saiba que você nunca foi tocada pelo príncipe e será expulsa daqui. Eu, Yugao e Kurenai ainda somos jovens e arrumamos algum homem para nos manter. Mas você já não é jovem o suficiente para chamar a atenção de um nobre. Talvez algum velho de idade muito avançada, ou uma cortesã no bairro Vermelho.

A Concubina mais amada do Príncipe ItachiOnde histórias criam vida. Descubra agora