36 - Voltando para casa

149 11 8
                                    

Este seria o último capítulo, porém senti que precisava contar um pouco mais sobre a jornada de Yuki e esclarecer algumas coisas. Como por exemplo, dar um motivo a ela para viver depois de todo o sofrimento que ela viveu. 

Bem como alguns personagens que precisava ter sua história contada.

espero que gostem.


🌿🌿🌿


Voltar para casa muitas vezes podia ser sinal de alegria. Mas para Yuki a volta para casa foi a coisa mais dolorosa que teve que fazer. Ao se aproximar da outrora grandiosa residência do Hitsugaya, seu coração gelou e o frio parecia que percorria por todo seu corpo. A casa antes amistosa e acolhedora, agora era um mausoléu assustador e abandonado. Parte do telhado havia caído, o portão do muro estava destruído, havia tanto mato no quintal que parecia que nunca havia uma família ali. As árvores que não caíram pelas intempéries do tempo estavam com folhas e galhos tão extensos que mal dava para ver a casa.

Quando ela se aproximou da porta tudo veio à sua mente. Todas as lembranças boas que teve ali. As portas tinham o papel machê que fazia parte dela, a maioria rasgados. O piso todo empoeirado e à medida que foi entrando pode ver o estrago que o tempo e o abandono haviam feito ali. No quarto onde os pais dormiam, havia marcas de sangue, arranhões e marcas de batalha. Provavelmente foi ali que seus pais foram assassinados. Yuki sentiu o peito apertar e a garganta queimar. Ela se perguntou o quanto seus pais haviam sofrido.

Depois ela seguiu para onde seu quarto ficava. Lembrou-se de sua vida ali, do quanto era feliz. Mesmo com as dificuldades, tudo que havia sobrado foram as lembranças de dias que nunca mais voltariam.

Para onde ela iria? o que havia para ela depois da vingança. Matar Kisame não havia trago nenhum alívio e também não traria seus pais de volta. Assim como a derrota de Tobirama também não traria seu filho de volta. Não havia mais nada. Yahiko estava morto, Itachi viveria com Konan e o filho deles.

Talvez fosse melhor ela ir até o Imperador e pedir um emprego. Ou voltar ao assentamento e ensinar as crianças a lerem. Tudo parecia tão vazio. Tão sem sentido.

Ela então decidiu ficar ali por mais um tempo e acabou adormecendo naquela casa sozinha. Quando o dia amanheceu, ela decidiu começar a cuidar daquele lugar que por muito tempo foi seu lar. Ela limpou o lugar calmamente, cobriu o telhado com alguns materiais que encontrou ali. Juntou as coisas de sua família, limpou os cômodos e começou a cuidar do jardim. Uma vez por semana ela ia até a vila vizinha e comprava alimentos com o dinheiro que havia juntado ao longo do tempo que ficou no assentamento. Além de que vendeu algumas coisas que eram de sua família e poderiam ter algum valor.

E por meses ela ficou ali, sozinha. Tentando cuidar da casa que pertencia aos Hitsugaya. Tudo ali ainda precisava de muitos retoques e muitos reparos e para isso ela precisaria de mais dinheiro que estava acabando. A solução seria realmente voltar ao Palácio e pedir emprego ao Imperador. Será que o filho deles já tinha nascido?

A mulher se aproxima do grandioso Palácio ainda com o frio na barriga da primeira vez que esteve ali. Os rostos pareciam ter mudado. Ela solicitou a audiência com o Imperador e ficou aguardando por um longo tempo. Enquanto isso ela começou a ouvir as conversas das servas.

— Viu os filhos do Imperador?

— São gêmeos!

— Dizem que são a cara do Imperador!

Yuki sentiu o coração se apertar. Parece que o sentimento não ia embora nunca. O de estar sendo substituída, sendo roubada. Todos esses sentimentos a faziam sentir como uma egoísta mesquinha.

A Concubina mais amada do Príncipe ItachiOnde histórias criam vida. Descubra agora