XXVI

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Park Jimin





O alfa me encara totalmente chocado, os seus olhos percorrem o meu corpo em busca de me analisando por completo, vendo qual a probabilidade de eu estar realmente falando sério. Começa a caminhar de um lado para o outro, tentando encontrar uma brecha para me desamar de alguma maneira, mas não cederei e manterei a sua cabeça sempre na minha mira. Ouvimos um barulho alto e percebo ser os alarmes dispararam, logo após alguém, bate na porta. Ando até ela, sem desviar o olhar do homem na minha frente, e a tranco. A voz de uma mulher o chama.

— Senhor Alec, está tudo bem? — O alfa para e retira as mãos do bolso, percebo haver um telefone e, dessa forma, entendo foi ele é o responsável pelo alarde.

— Merda! — Rosno, irritado, o alfa, caminha para a poltrona no canto do quarto e se senta. A voz feminina é ouvida novamente.

— Senhor, por favor, aconteceu algo? — Um sorriso corre solto nos seus lábios.

— Responda. — Digo baixo, só para ele me ouvir.

— Me obrigue! — Diz com desprezo.

— Como quiser. — Pego um dos punhais que coloquei na cintura e jogo entre as suas pernas. O alfa é mais rápido, e se movendo para trás e o punhal afinca no estofado próximo à sua virilha. Ele arregala os olhos e engole a seco.

— Responda, ou da próxima vez eu não errarei. — Ele balança a cabeça concordando.

— Estou bem, apertei sem querer.
— O senhor tem certeza?
— Sim, absoluta, agora me deixe descansar.

— Tudo bem, senhor, perdão. — A sombra se afasta da porta, nos deixando sozinhos de novo.

— O que você quer aqui? — A voz do alfa era profunda.

— Já disse, me entregue o livro e eu vou embora.
— Para que quer o livro?
— Isso não é da sua conta.
— Você entra na minha casa, me ameaça de morte e acha que não me deve satisfação.
— Sim, isso mesmo. — Ele abre um sorriso.

— Você não teme a morte, ômega?
— Não, então vamos lá, você me entrega o livro e eu saio sem fazer maiores estragos ou morreremos nós dois, Alec Morgan.

— Como você sabe o meu nome?

— Acha que viria até aqui, sem nenhuma informação de quem é o chefe da Baranov. — O alfa ri irritado.

— Maldito ômega, OK! Mas não o darei de graça.

— Me diga Alec, qual o seu preço pelo livro? — O seu olhar me analisa ainda mais, e vejo luxúria neles.

— Quero que jure lealdade à máfia. — Isso me pegou desprevenido.

— Você nem me conhece.
— Já conheço o bastante de você, Park.
— Eu não me curvarei para você, Alec.

— Não quero que se curve, eu quero sua lealdade, Jimin. Você não é um ômega comum e como aliado será o melhor. — Ele está falando sério? Servir à máfia russa não estava nos meus planos, mas se eu o tiver como aliado, seria perfeito.
Caminho até ele, trisco a minha arma na sua testa e ele suspira, retiro o punhal fincado do estofado e me sento no seu colo. Os seus olhos se fecham por um breve instante e a sua mão vai para a minha cintura, a apertando.

— Aceito, mas com uma condição: você terá que jurar a sua lealdade a mim também. — Ele está mexido, comigo no seu colo, mesmo que tente esconder.

— Nunca fiz esse tipo de juramento a ninguém, só para máfia. — As suas mãos apertam ainda mais a minha cintura, e o seu olhar recai para os meus lábios. E é o meu momento para dar o xeque-mate.

The force for destinyOnde histórias criam vida. Descubra agora