XXIII_ Bônus

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⚠️ O capítulo contém conteúdo que pode despertar gatilhos, por favor, se for sensível, não leia.🚫







Noah Kang



— Oi, o seu pai está em casa, pequeno?

— Sim, ele está cuidando da minha irmãzinha enquanto a mamãe toma banho. — O garoto diz ainda esfregando os olhos.

— Quantos anos a sua irmã tem? — Ele para e me encara jogando a cabeça para o lado, o que acho a coisa mais fofa.

— Ela tem dois aninhos, senhor. — Engulo a seco, Seung está testando a minha lealdade. Henry tinha razão, ele está desconfiando.

— Você pode chamar o seu pai para mim, pequeno? — Ele balança a cabeça e sai correndo em direção a onde imagino ser a cozinha. Sabia que tinha algo de errado com tudo isso, a sumida do Jimin tão de repente. Seung não deixa nada passar, muito menos faz algo sem motivo aparente. Logo, a imagem do homem aparece à minha frente carregando com ele uma criança. Ela dormia nos seus braços tranquilamente. Quando me viu, o homem congela e fica pálido. Entro na casa de uma vez, o fazendo recuar. Vejo o pequeno de antes tentando falar com o pai.

— Papai, você está bem? O moço está esperando, fale com ele.

— Filho, suba e chame a sua mãe, por favor. — O garoto, sem entender muito, faz o que o pai pediu e sai correndo novamente, subindo as escadas. O homem me encara, o seu corpo treme e o seu cheiro era de medo.

— Por favor, eu vou pagar tudo o que devo. — Ele dizia, desesperado, segurando a criança nos seus braços.

— Não vim atrás do dinheiro, já não importa mais… Estou aqui para matar você e a sua família. — Os seus olhos se arregalaram e o seu desespero aumentou.

— Por favor, eu imploro que tenha piedade dos meus filhos, deixa-os vivos, eles não merecem.

— Por que você fez negócio com Seung? Não entendo. — Queria saber o motivo dele entrar nessa situação.

— A minha filha precisava fazer uma cirurgia de emergência, e nós não tínhamos dinheiro e eu estava desempregado naquele tempo, então disseram que se eu o procurasse, ele me emprestaria e assim foi. Só que com o tempo eu atrasava o pagamento e os juros foram aumentando e chegou uma hora que não conseguir mais e então parei de respondê-lo, só ignorei. — Pela deusa, o que esse homem achava que iria acontecer fazendo isso? Seung não perdoa ninguém.

— Por favor, eu imploro, poupe a vida da minha família, eles não merecem. — Então vejo uma mulher descer as escadas correndo e parando ao lado do marido, o seu semblante era assustado.
Infelizmente, eu tenho que fazer o meu trabalho. Eu pego a arma e aponto para os dois. O meu coração bate forte. Era para ser fácil mirar e atirar, não importa quem seja o alvo. Só faça o que foi mandado. O problema é que as crianças não têm culpa e nem ele porque fez isso por amor à filha.

— Por favor, eu imploro, não os mate. — A mãe implora, o mesmo garotinho de antes aparece no topo da escada, os seus olhinhos se arregalaram e ele grita.

— OMMA, PAPAI. — Fecho os olhos com força, maldita consciência.  Não consigo, eu não posso fazer isso.

— Arrume as suas coisas e me acompanhe, vocês precisam sair daqui…

— Do que está falando? — O homem diz, confuso.

— Deixarei vocês viverem, darei um bom dinheiro para sumirem, mas nunca mais votem aqui até o Seung morrer.

— Por que está fazendo isso?

— Porque eu não sou um monstro com gente inocente. Vamos, arrume as suas coisas rápido.

The force for destinyOnde histórias criam vida. Descubra agora