The force for destiny

XXVIII

⚠️ contém gatilhos...

 

Noah Kang

Mais de oito meses passaram-se, e com o decorrer desse tempo aconteceram várias coisas interessantes. Conhecemos o irmão do Jimin e descobrimos que não podemos confiar no alfa desde a primeira vez em que botamos os olhos nele. Jason deixou claro que não aceita o Jimin como irmão. E isso tudo se deu porque o Seung o envenenou contra o ômega para garantir que o Jimin não faça a cabeça do garoto. Junto a ele também conhecemos Lian, a melhor amiga de Jason, uma beta extremamente carinhosa, mas com uma personalidade bem atrevida. Ela se joga em cima de mim, a qualquer momento do dia, só basta me ver e isso causa muitas brigas com o Jimin.

Outra coisa é a evolução do ômega nos seus treinos, ele está se tornando uma máquina de matar. Jimin também está indo bem no controle de Umbra, mas nessa parte o treinamento é extremamente pesado e rigoroso. Falando nela, por ser eu que leio o livro, já estou sentindo as consequências por fazer isso diariamente, está mexendo comigo e com as minhas emoções deixando completamente bagunçadas, as minhas mudanças de humor são horríveis. Ainda bem que Umbra me deixou ciente dos riscos, e que talvez isso pudesse acontecer.
Alec também participa de algumas sessões de treinamento do Jimin e parece encantado com o ômega. O maldito alfa veio da Rússia só para vê-lo e isso ocorre diariamente, o que me enfurece. Respiro fundo, não suporto ver o Jimin perto daquele mafioso.

Escuto passos e logo a figura do Henry adentra o ambiente.

— Amigo, aconteceu algo? — Pergunta, estranhando o meu comportamento de mais cedo quando eu e Jimin tivemos outra briga.

— Estou… — Minto.

— Noah, te conheço há muito tempo para saber que não está. — Viro de costas para ele, voltando a me concentrar em limpar os instrumentos de tortura.

— Não sei do que está falando, Henry. — Ele resmunga algo desconexo.

— Você está com ciúmes do Jimin devido à amizade dele com o Alec. — Encaro o Henry, louco para socar a sua cara por não querer me deixar em paz.

— Não seja idiota, eu com ciúmes? Eu e Jimin não temos nada além de sede de vingança contra Seung. — Reviro os olhos, fingindo estar inquieto com a sua pergunta.

— Acho melhor você começar a ser mais convincente nas suas mentiras, irmão. Dá para notar que nem você acredita no que diz. — Rosno.

— Chega, Henry, vai trabalhar… — O desgraçado gargalha.
— Ei, calma, gênio… mas falando no ômega, onde ele está?
— Foi fazer um trabalho para o Alec. — Sinto um estranho incômodo.
— Compreendi… — O encaro.
— O que você compreendeu, Henry? — Pergunto mesmo sabendo que vou me arrepender.

— O porquê da sua dor de cotovelo. — Perdi a paciência com o alfa, ando na sua direção. Henry está se contorcendo de tanto rir, mas assim que percebe que a sua tentativa de ser engraçado não teve efeito comigo, arregalou os olhos.

— Noah, eu sou o seu amigo… — Fecho a cara mais ainda.

— Finado… — Sinto o cheiro do seu medo.

Minutos depois…

Sinto o cheiro doce de morango exalar pelo local e logo a figura do ômega aparece na sala, a sua expressão é cansada. Ele encara a cena, à sua frente, do Henry amarrado, sentado na cadeira de tortura, e os seus olhos arregalam.

— O que aconteceu? — Ele pergunta enquanto vem na minha direção.
— Nada. — Falo sem emoção alguma.
— Nada? — Ele franziu o cenho e encarou o Henry novamente.
— Terminou o seu trabalho? — Pergunto.