Prólogo

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“ Dentre tantas derrotas, você foi a qual eu mais sofri. Pois o perdi, sem ao menos lutar, sem ao menos tentar, e tudo simplesmente por não crer, não acreditar e não te merecer. “




Jeon Jungkook






Dizem que com o passar do tempo aprendemos a valorizar as pessoas ao nosso redor, não sei se essa afirmação é correta, mas caso ela seja, preciso aprender ainda mais para não errar novamente. Fui um covarde e imaturo, um completo inconveniente, deixando-me levar pelo orgulho e por acha que tinha o dever de cumprir uma promessa. Ele sempre me amou da forma mais doce que podia, e eu simplesmente o renegava os meus sentimentos, por não aceitar que as nossas vidas já estavam traçadas, talvez por medo ou ego ferido. Não sei, só sei que eu o perdi e não verei mais aquele sorriso e nem ouvirei aquela voz doce chamando pelo meu nome. Merda! Isso dói muito, saber que ele não está mais aqui. Tudo o que eu queria era poder pedir perdão e dizer o quanto eu o amava.
Suspiro cansado, olhando para esse teto branco, a lembrança do médico dizendo que ele se foi fez-me cair em desespero.

Momentos antes…

— Por favor, diga-me que ele sobreviverá? Não posso perdê-lo. — Sinto um gosto ruim na boca junto a isso a dor no meu peito era enorme.

— Sinto muito, Sr. Jeon, o seu ômega sofreu diversas fraturas. Tentamos de tudo, mas infelizmente ele não resistiu. — O seu olhar era triste, o que fez ver que ele falava a verdade.

— Não, não, Jimin… MEU ÔMEGA, JIMIN! — Grito sem saber o que fazer eu o pedir.

— Segurem-no e injetem o tranquilizante logo. — Tento correr, mas sou segurado por várias pessoas.

— Jimin, amor, não, por favor, não, Jimin…

Momentos atuais…

Só me lembro de cair de joelhos chamando pelo seu nome, tudo o que queria era estar ao seu lado, poder-lhe dar o meu adeus. O choro vem avassalador, queimando tudo dentro de mim, os meus soluços são auditivos para quem quiser ouvir, nada mais me importa agora além de ter perdido o meu grande amor. Queria poder voltar no tempo e fazer tudo diferente, mas não dá, o que me resta é o nosso filho.

— Oh! Como direi a ele que a sua omma se foi? Por que tinha que ser assim? — Escuto o meu irmão me chamando.

— Se acalme, Jeon, sei que é difícil, não consigo imaginar o tamanho da sua dor, mas precisa ser forte. Pelo filho de vocês. — Os seus olhos estão repletos de lágrimas

— Como? Me diz como? É culpa minha. — O peso de saber que tudo isso foi por culpa minha dilacera a alma.

— Se acalme, por favor.

Tento fazer o que Namjoon diz, mas nesse momento parece ser impossível, então tudo piora quando o médico entra às pressas no quarto, olha em volta procurando alguém que nesse caso era o meu irmão, há algo de errado com o seu olhar, ele transmite desespero. Algo aconteceu antes de ele chegar ao Namjoon, eu chamo-o.

— Quero ver o meu ômega! Leve-me até ele.

O Beta para bruscamente, arregalando os olhos, o vejo engolir em seco, o que me faz ter a certeza de que realmente algo aconteceu, o seu nervosismo é perceptível, mas mesmo assim ele não desvia os seus olhos do meu.

— Des-culpe, mas não poderá vê-lo.

O médico diz, nervoso e com isso o resquício de paciência que eu tinha se foi. Quem ele acha que é para me impedir de tal coisa. Rosno, irritado.

— Quem pensa que é para me impedir de dar o meu adeus ao meu ômega? — O beta treme, e isso me faz ficar ainda mais impaciente.

— Senhor, me perdoa, não quero o impedir de nada, é que temos um problema. — As suas mãos estão trêmulas, consigo ver o suor escorrer na sua testa. Mas antes mesmo de eu questionar algo, o beta diz aquilo que nunca imaginaria. Pela segunda vez nessa noite, o meu homem foi tirado de mim.

— É o seu ômega, o corpo dele desapareceu.

Distante dali…
           

                   ___________ Ligação ___________

— Alô
— Conseguiu?
— Sim, estamos com ele, mas aconteceu uma coisa.
— O que foi? Viram vocês?
— Não é isso.
— Então, o que é?
— O coração dele voltou a bater, ele está vivo, senhor.

The force for destinyOnde histórias criam vida. Descubra agora