Alguns meses depois [...]
Park Jimin
Passeio pelo bosque que fica atrás da mansão do Jeon. Gosto de vir aqui principalmente após chover. O lugar fica com uma sensação muito agradável. O pequeno campo de rosas-vermelhas traz lembranças maravilhosas. Essas eram as flores preferidas da minha omma e, falando nela, faz tempo que não conversamos. Quando estou muito inquieto e com o coração apertado, olho para o céu e rezo, buscando me conectar com ela.
Pode parecer estranho, mas, quando se perde alguém que amamos intensamente, ou melhor, a única pessoa que realmente nos amou da maneira mais pura e verdadeira possível, acabamos agarrados a qualquer coisa que nos permita, mesmo que por um instante, acalmar o coração.
Passo a mão numa rosa e ela parece mais revitalizada depois da chuva. Talvez seja isso o que falte em mim, algo para limpar a minha alma. Todos esses anos desde sua morte, vivi tentando esquecer o passado, mas é impossível, algo morreu dentro de mim naquele dia. Uma parte minha se foi com a minha omma, assim como o meu pai matou a outra que restou.
Tenho sobre os ombros a culpa pela sua morte. Nunca conversei com ninguém sobre o que aconteceu naquele quarto. Os únicos que sabem a verdade são eu e meu pai. Às vezes, me pego pensando se ele morreu ou se casou novamente. Não me entenda mal, não quero vê-lo, porém, ele é a única pessoa que me restou. Não tenho mais ninguém, nem uma família, muito menos um lugar onde possa chamar de lar ou para onde ir quando tudo der errado.
Um nó se forma na garganta, causando um desconforto considerável.
A dor retorna ao seu lugar habitual, mas agora é mais intensa por saber que o meu filho não terá a sua avó por perto.
Suspiro pesadamente, uma lágrima solitária cai sem permissão.
Fecho os olhos, orando e pedindo ao céu que atenda às minhas orações. Sinto uma brisa fria soprar no meu corpo, um vento bater contra a minha face, o que, para mim, é um sinal de que ela está aqui comigo.
Sorrio em meio às lágrimas, já não as impedindo de caírem.
— Nossa, omma, que saudade!
Eu sussurro tentando limpar um pouco o meu rosto, que agora está banhado em lágrimas.
— Oh, omma, tenho tanto para te contar, tantas coisas aconteceram nesse período, estou com medo do futuro.
Respiro fundo, a brisa fria volta a me tocar e fico arrepiado.
— Obrigado! Sei que você está aqui comigo.
Quando ouço passos, olho em direção ao barulho e percebo que é o pai do meu filho.
Ele para e me olha, observa um pouco distante de onde estou. O seu olhar era estranho, um misto de calma e preocupação. Ele se aproxima lentamente, provocando uma reação intensa em meu corpo a cada passo que ele dá. Quando já está perto o bastante, seu olhar desliza pelo meu rosto, sugerindo que já percebeu que eu estou chorando.
— Park?
— Ju! — Ele procura por algo em mim que demonstre o motivo de estar tão abalado e eu não desvio o olhar do seu em momento algum.
Há algum tempo, parei de fazer isso. A nossa relação se desenvolveu significativamente depois que tudo ocorreu, assim como aconteceu com a Hyuna, que parou de infernizar minha vida. Inicialmente, fiquei surpreso com a sua mudança repentina de comportamento, mas acredito que o Jeon deve ter conversado com ela sobre o assunto.
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The force for destiny
FanfictionPark Jimin, um ômega puro original, que carrega consigo vários traumas e tragédias, a sua vida nunca foi fácil, mas isso nunca o deixou abater. Desde pequeno, lutou e trabalhou duro para se sustentar, tem um coração puro e possui uma personalidade g...