XXXIII

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Park Jimin






Acordo com fortes batidas na porta. Suspendo a cabeça em busca de um reflexo de luz e, finalmente, percebo que já amanheceu. Lembro-me do que fizemos na noite passada e resolvo levantar para atender. Assim que abro a porta, dou de cara com Jason.

— Boa manhã, maninho! — Ele ri sarcástico.

— O que você quer? — Falo com raiva devido ao meu mau-humor. Detesto que me acordem.

— O papai pediu a sua presença no escritório agora. — Seu tom de voz ficou irritado.

— Estou indo. — Digo isso já batendo a porta na sua cara, mas não acontece porque ele coloca o pé.

— O que acha que está fazendo? — Pergunto, já com o saco cheio dele.

— O que você fez ontem à noite, Jimin?

— O que faço da minha vida não é da sua conta, agora tira o seu pé ou eu o arranco. — Jason rosna, mas não se arrisca a avançar, apenas se vira e sai.

— Não demore, papai não é muito de esperar. — Reviro os olhos e bato a porta, a fechando de uma vez.

Respiro fundo, ouço alguns barulhos e resolvo olhar pela janela. Há uma movimentação enorme de homens indo e voltando. Acabo soltando um sorriso por saber que eu sou o responsável por isso.

Faço as minhas necessidades de higiene matinal. Após isso, sigo em direção ao escritório do Seung. Ao chegar perto da entrada, noto que há alguns homens ali. Quando cheguei ao local, tenho a atenção de todos. Noah e Henry também estão por aqui. Eles me olham pelo canto dos olhos. Olhando em volta, vejo Jason sentado no sofá no canto da sala. Seung, que até o momento estava de costas para mim, virou-se depois de desligar uma ligação. O seu olhar varre o meu corpo, e nele há luxúria e perversidade. Apesar de conviver com ele há dois anos, nunca me acostumei. O nojo que sinto é o mesmo da primeira vez.

— Jimin? — Na sua face há raiva e desconfiança.

— Papai me chamou, o que aconteceu? — Pergunto.

— Ontem à noite, onde você estava? — Sua mão se fecha com força em volta do celular.

— Terminei de cumprir minhas obrigações e fui caçar na floresta. — Digo, sem excitar.

— Caçar? — Jason disse, interrompendo-me. O encaro sem paciência.

— Sim, para que você consiga rastrear alguém e caçá-lo com eficiência, precisa aprender de alguma forma e treinar. — Falo entre os dentes. Ele sorri, debochando.

— Isso é ridículo! — Esbraveja.

— Ridículo é você, sendo um alfa, e não consegue enxergar o alvo em uma noite escura sem a ajuda de uma luz. — Jason se levantou e rosnou, vindo em minha direção. Noah dá um passo a mais e Seung intervém.

— Chega!Jason, volte ao seu lugar. O mundo está caindo e você se comportando como uma criança.

— Como quiser, papai. — Jason se senta de novo.

Seung me encara como se quisesse descobrir alguma mentira em meu rosto, mas eu permaneço calmo. Até que ele respira fundo e começa a falar.

— Ontem à noite, o Filho do Jeon e Hyuna foi sequestrado por dois homens. Jeon está colocando a cidade embaixo para achá-lo. As saídas das cidades estão todas fechadas, assim como os aeroportos e embarcações. Ele me acusa de ser o autor do sequestro. — Por dentro, sinto tanto prazer em ouvir isso. Seung continua.

The force for destinyOnde histórias criam vida. Descubra agora