XIII

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Park Jimin





Os traumas não desaparecem quando você os ignora, não importa o quanto você tente, eles sempre estarão ali para te lembrar de tudo o que aconteceu. “




Essa frase é a mais pura verdade, e só agora descobri. O meu coração bate descompensado, num misto de emoções e todas elas são ruins, entorno do homem à minha frente, ele é com toda a certeza o meu maior pesadelo. As reações do meu corpo são bruscas, a minha mente está num turbilhão de pensamentos por saber as consequências desse reencontro, o meu bicho-papão está na minha frente depois de tanto tempo, sinto uma falta de ar e as minhas mãos soam, tremo bruscamente. Não conseguindo conter as lágrimas que insistem cair, o desejo de fugir toma o meu corpo e aquele desespero que tanto sentia quando criança voltou e finalmente a ficha caiu. O meu pai está aqui.

— Filho, finalmente nos reencontramos.

Ouvi-lo me chamar de filho foi a gota d’água como um covarde sem um mínimo de força para respondê-lo. Saio apressado, querendo fugir de sua presença, passando entre os convidados, empurrando quem esteja em minha frente, entro em um corredor que desconheço e logo vejo uma porta, avanço o mais rápido possível para dentro. Mas antes de fechar, vejo o Tae entrar junto comigo, portando uma cara de assustado.

— Jim, o que aconteceu? Por que reagiu assim? — E novamente não conseguir expressar nada além de chorar, puxo os meus cabelos com força, por imaginar se tratar de um sonho, mas não é, isso é tudo real.

— Jimin, pela Deusa, diz algo?

Os meus soluços são altos, o desespero só aumenta cada vez mais, vejo o ômega ficar ainda mais preocupado pela situação. Tento de alguma forma me acalmar, mas a falta de ar não me ajuda. Olho para o Tae, ele vem até mim e me abraça. Ele não diz nada, só me agarra com força, como se, no fundo, soubesse o meu medo. Isso me ajuda, depois de alguns segundos começo a respirar com mais calma, mas tudo falha quando vejo o Jin entrando pela porta e o desespero de imaginar aquele homem novamente por perto me tomou, mas o ômega procura logo me acalmar.

— Ele não está comigo, Jimin. — Coloco a minha mão no coração tentando que ele se aquiete um pouco, a respiração voltou a acelerar, como se eu não conseguisse puxar o ar suficiente para os meus pulmões. Toda essa situação estava me levando ao extremo de mim. A voz do Jin me tirou dos pensamentos.

— Pedir para o Namjoon chamar o Jeon. — Arregalo os olhos, sabendo da confusão que causei.

— N-ão precisa, eu estou bem.

— Você não está, está pálido e tendo um ataque de pânico. — Engulo em seco, brigando internamente comigo por deixar isso acontecer, passei anos fugindo do meu passado para encontrá-lo no momento em que estou tão feliz.

Suspiro pesadamente quando vejo a porta ser aberta com força e o Jeon passar por ela, extremamente irritado e preocupado, seus olhos veem até mim. E olhando meu estado, o seu maxilar trava.

— O que aconteceu? — A sua pergunta não foi direcionada a mim e sim aos ômegas que estão comigo.

— Não sei, eu fui apresentar o Seung-ho para ele e de repente começou a agir estranho, saindo de lá correndo. — Jin diz com um tom de preocupação em sua voz. Mas só de ouvir esse nome, sentir calafrios e o meu estômago embrulhar, fecho os olhos, apertando, mas com o pouco de resquício de consciência, lembro que o meu filho não está na sala, e o desespero que eu sentia se tornou em pavor.

— M-eu Filho? — As palavras saem, com dificuldade, Jeon me olha, tentando entender a confusão em que eu me encontrava.

— Onde está meu filho? Preciso pegá-lo para sair daqui, ONDE ELE ESTÁ? — Grito em desespero, tudo que quero é uma resposta, mas o que ganho são olhares assustados.

The force for destinyOnde histórias criam vida. Descubra agora