XXXI

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Park Jimin

Olhando para o alfa ao meu lado, percebi na profundidade do seu olhar que havia um sentimento de culpa sobre os seus ombros. Ao longo de dois anos, me preparei para o nosso encontro, mas ainda assim está sendo muito difícil manter o controle das minhas emoções. Ainda sinto a dor da decepção e das promessas não cumpridas por aquele que tanto amei. As recordações dessas promessas ecoavam na minha mente, tornando o momento cada vez mais difícil.

Sou tirado dos meus pensamentos com o Namjoon chamando o alfa.

— Jeon, o que vamos fazer? — Jungkook examina cada parte do meu rosto, tentando encontrar o antigo Jimin. A sua atenção vai para o seu irmão.

— Vamos primeiro para o galpão, precisamos ter certeza de que está seguro. — Nam nada diz além de dar partida no veículo.

Os minutos foram passando devagar e o silêncio foi o meu companheiro durante todo o percurso. Ninguém se esforçou para perguntar ou questionar algo e agradeço mentalmente por isso. Jeon fitava a janela com um olhar perdido, como se estivesse tentando, por si só, compreender tudo o que havia acontecido.

Finalmente, depois de algum tempo, chegamos ao galpão. Ao adentrar o local, vejo diversos rostos conhecidos e também desconhecidos, todos com expressões de medo e confusão. Há diversos homens armados, prontos para agir caso ocorra algo. O carro para, Namjoon e J-Hope são os primeiros a saírem do veículo, deixando, eu e Jeon sozinhos. O alfa suspira e olha para mim.

— Não se preocupe, essas armas não são para você, amor. — Sua voz é amorosa, o que me causa um grande desconforto, mas não deixo isso transparecer.

— Não sou um tolo, Jeon. Então me diga para quem seriam? — Pergunto, carregando comigo um sorriso irônico.

— Jimin… — A sua voz dessa vez saiu baixa e rodeada de preocupação.

— Faça o que precisa ser feito como um líder. — Digo, olhando em seus olhos, que se mostraram surpresos com a forma como falei.

— Tudo bem, meu amor.

A porta do carro é aberta por Namjoon. Jeon é o primeiro a sair e logo em seguida sou eu. O alfa me entrega a sua mão para que eu possa ter um apoio ao sair, mas o ignoro completamente e saio sozinho sem ajuda.

Ao colocar os pés para fora, os olhares se voltam para mim, enquanto cochichos são ouvidos por todos os lugares ao meu redor.

Um pouco afastada, vejo Sarah. A Ômega está muito diferente, a sua aparência mudou drasticamente. Os seus cabelos, antes longos e pretos, agora são curtos, bem acima dos ombros e loiros. A sua pele está coberta por tatuagens, talvez seja uma forma de esconder as cicatrizes. O olhar de menina meiga sumiu, o que restou foi um olhar frio de uma assassina.

Entre os outros membros, vejo velhos rostos.  

Heejun, Kyuing, Kwan e Yjun o quarteto da morte. De todos que precisarei dar sumiço, eles com certeza me darão mais trabalho.

Heejun é o cobrador do Jeon, um beta com uma personalidade intensamente dominante e é um informante do Seung.

Kyuing é uma ômega que trabalha como entregadora, ele é responsável pelas entregas das cargas pequenas entre as gangues de Seul.

Kwan, é o responsável por manter a segurança dos galpões espalhados pela cidade e deixá-los longe de investigações.

Yjun é uma ômega, responsável pelos treinamentos de todos da máfia e também a única integrante que passou o cio com o Jeon.

The force for destinyOnde histórias criam vida. Descubra agora