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BEM OU MAL É ALGO DISTINDO, e desde que sou pequena sou ensinada sobre ambas as coisas. O bem é sempre o lado preferencial, o mal é sempre o lado odiado.
E desde nova eu fui ensinada que qualquer ação maldosa que eu tivesse, eu sofreria as consequências..o que eu acho uma hipocrisia, já que as próprias pessoas que me ensinaram isso são ambos comensais da morte que possuem as mãos suja de sangue a muito tempo.
Mas, e se o mal só fosse o lado mal, porque é contado por quem está no lado do bem? E se fosse tudo um direito do ponto de vista de cada um que está em contato com ambas as coisas, sempre li em contos que existem o vilão e o herói, o monstro e a salvação. Mas e se a única diferença é quem está contando a história?
— Dalylah, está fazendo o que?
— Oi, apenas pensando.
— Espero que esteja pensando em mim. — Theo diz com seu sorriso galanteador. — Estou brincando..
Eu apenas solto uma risada fraca e fecho meu caderno de anotações que estava em meu colo o guardando em minha bolsa.
— Você está bem? Quero dizer, voltamos a poucas horas da casa do seu irmão e posso adivinhar que você esteja..não sei.
— Estou bem, só estou um pouco triste, mas estou bem!
— Que ótimo. — Theo diz passando o braço por cima de meu ombro.
Estávamos em baixo de uma árvore perto do lago negro.
— Quer sair comigo? — Theo diz, meio envergonhado.
— Quando?
— No sábado à noite, um jantar de verdade..
— Claro que quero, onde vamos?
— Você escolhe..
— Restaurante italiano? — Digo, o fazendo rir.
— Achei que iria escolher um francês.
— Eu gosto de comida italiana, me faz sentir uma mulher de negócios. — Digo me levantando e andando de uma forma estranha, imitando um ar de pessoa poderosa.
Theo gargalhava e se levantava também, andando como um homem de negócios.
— Oh, querido, sabe que horas que a empregada vira para limpar a casa? — Digo com um sotaque estranho.
