𝐂𝐇𝐎𝐎𝐒𝐄 𝐌𝐄 | 𝑇ℎ𝑒𝑜𝑑𝑜𝑟𝑒 𝑁𝑜𝑡𝑡

|053|

"Cinnamon girl"

DALYLAH AGONIZAVA NO CHÃO ENQUANTO JACK REALIZAVA O FEITIÇO. A menina gritava e se debatia.

— PUTA MERDA! Você está matando minha namorada....

— Fique calmo! Quando tudo isso acabar ela vai estar novinha em folha idiota, vai ser como se nada nunca tivesse acontecido.

— Porque você tá fazendo isso por ela? Qual homem em sã consciência faria isso de graça?

Jack não disse nada, apenas o encarou por uns segundos.

— Eu já passei por isso, só quero ajudar. — Dissse enquanto a menina se balançava no chão como quem lutasse contra algo, porém Theodore não acreditava naquelas palavras.

— O que está acontecendo?

— Ela está revivendo o dia que Voldemort a prendeu.

— Não deveria fazer ela passar por esse trauma de novo, assim ela nunca vai se recuperar..

— Ela nunca vai se recuperar se ela morrer pela maldição! Estou quase encontrando.....

— Dalylah, está tudo bem. Eu estou aqui...— Theodore sussurrava enquanto se aproximava.

— Acho melhor não chegar perto dela agora, ela pode achar que você é Voldemort e te atacar.

— Ela sabe que isso não é mais real? E que é só uma memória?

— Sabe, mas fica tudo muito confuso..ENCONTREI! Theodore, eu vou ter que entrar no transe com ela, fique aqui e não deixe que nenhum de nós durma ou pare de se mexer.

— Porque? — Theodore perguntou porém não obteve resposta. — Porque Jack? — Tarde demais, Jack já estava dentro da mente de Dalylah.

Ambos naquele transe se mexiam muito, era como se lutassem mesmo.

Dalylah começou a tossir e a se levantar, ainda de olhos fechados dentro do transe.
A morena cuspiu algo como um coágulo de sangue, porém preto.

Theodore encarou aquilo assuntado.

Então ela abriu os olhos, e o mesmo correu em sua direção a abraçando.

— Você está de volta. — Ele disse, era nítido a feição da menina melhor do que antes.

Suas olheiras haviam sumido, sua pele estava mais dourada, seus olhos brilhavam mais.

— Quanto tempo isso durou? — Ela perguntou.

— Doze horas. — A menina se chocou quando Jack disse.

— Eu lembro do que aconteceu lá, não foi como da última vez...Donvert não estava lá. — Ela disse a Theodore.

— Como assim, meu amor?

— Estava tudo diferente..era mais como um pesadelo, porém me sinto muito bem. — Ela assumiu.

— Dalylah. — Jack chamou sua atenção.

— Jack, não diga mais nada! Muito obrigada por me ajudar. — A menina disse se levantando com a ajuda do namorado.

— Dalylah...eu sinto muito. — Ele disse a ela, o italiano presente ali não entendeu muito bem o que estava acontecendo então apenas encarava ambos sem entender nada.

Dalylah começou a mudar o seu semblante, encarava Jack incrédula.

— Não, não, não. — Ela disse rindo, rindo de nervoso..

E então Jack desapareceu, com uma fumaça preta o acompanhando.

Theodore na hora se sentiu incrédulo com aquilo, e olhou pra Dalylah sem entender nada.

A morena desesperadamente subiu as mangas de sua blusa, se deparando com um braço totalmente vermelho.

Lágrimas começaram a escorrer desesperadamente de seu rosto, ela balançava a cabeça em negação e e caraca seu braço.

Theodore deslizou ao seu lado caindo de joelhos no chão.

— Eu sabia que havia algo errado. — Theodore disse.

Dalylah continuava encarando seu braço, incrédula.

Ali havia o símbolo que ela mais odiava em toda sua vida, ali havia a tatuagem que ela sempre soube que um dia chegaria.

Ali havia a marca negra.

— Eu sabia que não era um pesadelo. — A morena disse enquanto Theodore a abraçava, ela chorava como um bebê no colo dele, agonizava, e dessa vez tendo a certeza de que era real.

Ambos os adolescentes estavam inquietos esperando a presença de seus amigos, retornaram a Hogwarts dois dias após o ocorrido, esperavam que Jack retornassem para que eles pudessem o matar, porém isso não ocorreu.

E então a porta se abriu, relevando os jovens muito ansiosos encarando seus amigos.

Pansy andou na direção de Dalylah muito séria, encarando sua amiga como uma desconhecida.

— Pansy..

— Você é uma piranha.

Pansy abaixou a guarda e abraçou a amiga, um abraço caloroso de saudade.
Porém durante o abraço, Pansy acabou encostando no braço de Dalylah, que estava muito dolorido.

Mattheo Riddle encarava Dalylah sério, logo todos os amigos foram até o quarto de Dalylah.

— Dalylah, me deixa ver seu braço. — Mattheo disse.

— O que? — Astoria perguntou.

— O louco..— Blaise riu.

— Ver meu braço? Não tem nada pra ver, bobinho. — Dalylah tentava fugir da situação.

Porém Mattheo foi em sua direção subindo a manga rápido demais, não deu nem tempo de Theodore tentar o impedir.

Todos naquele quarto deram um passo pra trás e a encararam sem entender muito bem. Ninguém ali estava julgando, porém ninguém ali entendia o que estava acontecendo.

Dalylah acabou de retornar, porém com uma marca negra no seu braço. Nada daquilo fazia sentido.