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ESTAVA TUDO ESCURO, eu não fazia menor ideia de onde eu estava. Mas sabia que era na mansão dos Riddle, as memórias me consumiam como se eu me alimentasse delas.
Eu só conseguia lembrar de tudo que tinha descoberto, eu só queria que tudo fosse um pesadelo e que eu acordasse na minha casa, deitada no colo de Theodore.
Mas não foi isso que aconteceu.
Alguém abre a porta e entra, não conseguia erguer minha cabeça para encarar, mas pelos sapatos imaginei ser Voldemort.
— Vamos começar...lembre-se, no final de tudo você irá me agradecer.
E então sinto todo meu corpo arder como se pegasse fogo, Voldemort estava utilizando Crucios em mim. Era uma dor agonizante, eu gritava como nunca, era difícil acreditar que passaria bem dessa.
— Já está bom, ela não aguenta mais. — Escutei alguém dizer.
— Ela aguenta até o impossível, essa menina é mais forte do que vocês pensam. — Voldemort diz.
Eu estava aterrorizada, sentindo muita dor, fome, sono...e me sentindo culpada por deixar meu amigos sozinhos e não ter dado uma explicação a ninguém..
Até que sinto a dor parar, e eu me lembro que não devo me explicar a ninguém, minha mãe e meu pai esconderam uma verdade dessas de mim por dezesseis anos. Eu merecia saber. Eles olharam nos meus olhos e decidiram me fazer não saber quem eu realmente era, afinal, quem eu realmente sou? Essa pergunta ecoava na minha cabeça como se só existisse isso na minha mente. Eu comecei a sentir meu peito arder, minhas pernas estavam muito fracas e meus olhos piscavam involuntariamente.
— Está começando. — Ouço outra voz dizer.
*Donvert pov*
Assistir minha irmã assim era doloroso, mas é necessário.
Já está na hora de Dalylah saber da verdade, saber quem ela realmente é. Os olhos dela estavam vermelhos, e sua boca estava mais seca do que nunca esteve. De repente ela começa a respirar fundo, e a se mexer muito na cadeira, eu conseguia sentir o cheiro de sua magia.
Então em um minuto que eu me viro para pegar algo para a entregar...vidros explodem na casa inteira, foi um barulho inacreditável e a quantidade mais ainda, vidraçarias haviam sido quebradas em uma facilidade que nem eu tinha, todos me olham incrédulos achando que foi eu, mas então quando viramos novamente pra Dalylah, ela já estava em pé, nos encarando com seus olhos vermelhos sangue.
Puta merda, ela está de volta.
Minha irmã Dalylah Deschamps está se volta para o jogo, e deveríamos deixar avisado que não entramos em um jogo sem termos a certeza de que vamos ganhar.
— Finalmente, você é uma deles. — Voldemort diz se aproximando da minha irmã.
— Se eu fosse você não faria isso, a primeira vez lidando com magia sempre ficamos descontrolados demais. — Digo.
— Cale a boca. — Ele diz enquanto chegava mais perto, e quando iria a abraçar ele é jogado pro outro lado da sala com apenas um grito dela.
— De agora em diante, eu dito o que você pode ou não fazer comigo. — Ela diz, e sinto meu corpo inteiro se arrepiar.
