004. FOTOGÊNICO.

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𝐀𝐍𝐈𝐓𝐀 𝐂𝐀𝐌𝐏𝐎𝐒
dia seguinte...


Sabe qual o segredo pra não se sentir desconfortável em meio a um tanto de cara gato que você não tem muito costume de conviver? Não sabe?

Pois então, eu também não. Alguém me ajuda!!!!

Simplesmente não consigo parar de tremer enquanto ajeito a câmera no tripe e tem quase o time inteiro do Palmeiras na minha frente, jogando conversa fora, mas sei que a maioria tá prestando atenção em cada movimento meu.

Por mais que eu tenha a consciência de que sou gata pra caralho, é impossível não ficar um pouquinho nervosa, com frio na barriga. Principalmente quando o principal alvo tá bem sentado na minha frente.

– Dá última vez que te vi tremendo assim... — Raphael fala baixinho, fingindo que tá mexendo no meião.

– Cala a boca! — murmuro de volta.

– Calma pô, ninguém aqui além de mim, claro... — olha pra cima, apoiando as mãos no chão. – Vai te morder.

– Será? Não sei não viu, seu amigo colombiano ali parece bem interessado. — olho em direção ao Richard parado em um canto da sala com uma garrafa de água na mão. Dou um sorrisinho pra ele e ele pisca de volta.

Raphael se levanta, ajustando a camisa com uma expressão séria no rosto. Ele se aproxima lentamente, e posso sentir a tensão aumentar a cada passo.

– Anita, posso falar com você um segundo? — ele pergunta, sua voz um pouco mais alta para ser ouvida pelos outros.

– Claro. — respondo, tentando manter a compostura.

Caminhamos pra fora da sala, longe dos ouvidos curiosos.

– O que foi isso? — ele pergunta, com um tom de voz que mistura raiva e ciúmes.

– Isso o quê? — pergunto, fingindo inocência.

– Você sabe do que estou falando. — ele diz, sua voz mais baixa agora. – Não gosto quando você dá em cima de  outros caras na minha frente.

– E por que isso te incomoda tanto, Raphael? — encaro ele de frente, cruzando os braços. – Você tem uma namorada, lembra?

Ele desvia o olhar por um momento, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas, ou só tendo certeza de que o corredor está vazio. Em um momento oportuno e com uma força que eu estou acostumada a lidar na cama, Raphael envolve meu pescoço na mão, empurrando meu corpo contra a parede e me encurralando contra o dele.

– Porque você me provoca, Anita. — sua voz é um rosnado baixo. – E eu não consigo resistir.

Sinto seu corpo pressionando o meu, o calor da sua proximidade fazendo meu coração acelerar ainda mais. Tento manter a compostura, mas é difícil quando estou tão próxima dele.

– E você acha que isso é uma boa ideia? — respondo, minha voz trêmula com a mistura de raiva e desejo. – Aqui, no meio do trabalho?

Ele inclina a cabeça, seu rosto a centímetros do meu. Posso sentir sua respiração quente contra minha pele.

– Você gosta quando eu perco o controle, não é? — ele murmura, um sorriso provocador nos lábios.

– E se eu gostar? — retruco, erguendo uma sobrancelha.

𝐀𝐃𝐔𝐋𝐓É𝐑𝐈𝐎. - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.Onde histórias criam vida. Descubra agora