008. UNFORGETTABLE.

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𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀

Imagina ser folgada ao ponto de, me fazer passar raiva no dia anterior, dar em cima de um dos seus amigos, beber além da conta mesmo sabendo que é fraca pra bebida, e ainda pedir pra que eu comprasse um café forte e um remédio pra melhorar a ressaca.

– Aqui, loira. — coloco o copo de café e uma cartela de remédio sobre a mesa.

Anita realmente está de ressaca, consigo ver daqui ela tremendo quando estica a mão pra pegar o copo sobre a mesa.

– Obrigado. — agradece, dando uma golada logo em seguida.

– Se divertiu bastante ontem né!? — puxo a cadeira em frente a sua mesa e me sento. – Interagiu com todo mundo, tirou foto, já se integrou ao grupo.

– Aonde você quer chegar? — arquea as sombrancelhas. – Se quer falar do Richard, começa logo.

Solto uma risada enquanto minha mão desliza pela barba.

– Já tá na defensiva assim?

– Odeio quando você fica enrolando pra falar. Eu não sou a Bruna, pode chegar já falando oque tem vontade. — esfrega a têmpora com os dedos, visivelmente irritada. – Comigo não precisa ficar pisando em ovos.

– Certo. — digo, me inclinando um pouco para a frente. – Vi que você e o Richard se deram bem. Até demais, eu diria.

– E daí? O que você tem a ver com isso? — me olha fixamente.

– Tudo e nada. — respondo calmamente. – Tudo porque não gosto de ver você se envolvendo com ele, e nada porque, tecnicamente, eu não tenho o direito de te impedir.

Ela solta uma risada amarga.

– Ah, entendi. Então você pode brincar com quem quiser, mas eu tenho que ficar esperando por você como uma boa menina, é isso?

– Não é assim, Anita. — digo, tentando manter a calma. – Só estou dizendo que você poderia pensar um pouco antes de agir.

– E você acha que não pensei? — ela se inclina para a frente, olhos fixos nos meus. – Pensei sim, Raphael. E sabe o que concluí? Que ele é um gato e tá afim, então se me der vontade... Eu vou me envolver com ele sim, e ninguém vai me impedir.

Solto um suspiro, percebendo que essa conversa não vai a lugar nenhum.

– É... Você tem razão. — balanço a cabeça. – Desculpa por achar que tenho alguma razão em te cobrar algo.

– Tá bom, Raphael. Tá bom. — fecha os olhos e solta um suspiro. – Mais alguma coisa?

– Nada. — levanto as mãos em rendimento.

– Pode sair da minha sala então, por favor.

Me levanto e ando até a porta, mas antes solto uma provocação.

– Quer que eu chame o Richard pra te fazer companhia?

– Não vai ser necessário. Ele vai tá na minha casa hoje mais tarde. — sorri com lábios. – Se tiver que resolver alguma coisa, a gente resolve em casa. — pisca pra mim.

– Pera... o que? Na sua casa? — volto andando pra dentro da sala, dessa vez fechado a porta. – Tá de sacanagem?

Anita solta uma gargalhada se levantando da cadeira, ajeitando a blusa enquanto anda em minha direção.

– O que príncipe? Ciúmes?

– Óbvio, pô. Tá ficando louca??? — não gosto muito de falar sobre esse assunto porque eu realmente me irrito. – Beijar, flertar, e ficar de papinho por aí tudo bem. Agora... Transar? Levar pra sua casa? De todo esse tempo que eu tô com você, se eu fui na sua casa umas três vezes é muito.

𝐀𝐃𝐔𝐋𝐓É𝐑𝐈𝐎. - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.Onde histórias criam vida. Descubra agora