015. ALGUM DIA...

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𝐀𝐍𝐈𝐓𝐀 𝐂𝐀𝐌𝐏𝐎𝐒

Ele não consegue me responder, apenas solta uma risada baixinha e rouca. Minhas mãos ainda envolvem seu pescoço, e eu aumento a pressão levemente, deixando Raphael ainda mais sob meu controle.

Ela se inclina mais perto, os lábios a milímetros dos meus, e sussurra.

– Por que você tá me perguntando isso? — diz, a mão ainda deslizando pelas minhas costas.

– Não posso? Só você tem o direito de reivindicar minha posse? — arqueo as sombrancelhas.

Raphael me olha intensamente, seus olhos profundos tentando decifrar cada pensamento que passa pela minha mente. A água morna da banheira nos envolve, criando uma bolha de intimidade que parece nos isolar do resto do mundo.

Seu olhar se suaviza, quando ele responde.

– Você sabe que eu sou seu, de um jeito que nunca fui de ninguém. — a voz é baixa, quase um sussurro, mas carregada de sinceridade blindada, porque sei que ele jamais diria isso na frente de outras pessoas.

O calor de seu toque se espalha pela minha pele, enquanto suas palavras reverberam pela minha mente.

"...de um jeito que eu nunca fui de ninguém."

Sinto meu coração acelerar com suas palavras. O calor entre nós aumenta, e a sensação de pertencimento a ele se torna mais real do que deveria.

– Eu já disse que te odeio hoje? — pergunto, tentando aliviar o clima tenso que ficou.

Raphael gargalhada os dedos enrolando as pontas do meu cabelo molhado.

– Cuidado hein!? Ódio demais é amor disfarçado. — puxa meu lábio inferior com os dentes. – O mundo vai acabar quando você assumir que gosta de mim, loira.

– Isso nunca vai acontecer. — gargalho. – Até você se rastejar até mim.

– Achei que minhas atitudes já desmostrassem que estou diante dos seus pés toda hora que você quiser.

Que filho da puta! Tá inspirado em todos os sentidos hoje esse cristão, vou enlouquecer...

– Raphael, Raphael...

– O que foi agora? Doeu ouvir a verdade?

– Você sabe que isso é mentira. — me afasto pra dar um tapa em seu peitoral molhado.

– Mentira? — passa a mão aonde eu bati. – Eu literalmente deixo qualquer coisa de lado quando você liga pra mim. Mas sabe o que é foda? Você nunca liga pra mim.

Mordo a parte interna da bochecha sabendo que ele está certo. Não quero dar o braço a torcer.

– E por que eu te ligaria? Não quero saber da sua vida perfeitinha. — respondo, deslizando meus dedos pelo contorno de seus ombros, sentindo seus músculos se contraírem sob meu toque.

– Seria bom saber que você pensa em mim de vez em quando. — ele diz, inclinando-se um pouco mais perto, sua respiração quente roçando minha pele. – Mas eu posso te perdoar... se você pedir com jeitinho.

– Ah, é? — provoco, deixando minhas unhas traçarem um caminho lento pelo seu peito. – E o que você faria se eu pedisse?

Raphael sorri, os olhos brilhando com diversão. Sua mão desliza pela minha cintura, provocando arrepios por onde passa.

– Eu faria qualquer coisa que você quisesse. — ele murmura, os dedos descendo lentamente até meu quadril.

– Qualquer coisa? — questiono, sentindo meu corpo responder ao toque dele.

𝐀𝐃𝐔𝐋𝐓É𝐑𝐈𝐎. - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.Onde histórias criam vida. Descubra agora