013. PERTENCE A MIM.

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𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀

Segui o conselho dela e bebi. O suficiente pra ficar bêbado, mas não o suficiente pra ficar em paz enquanto ela parece bem animada conversando com outro cara.

Os dois cantam, uma música em espanhol, Gata Only. E por mais que eu já saiba que Anita fala espanhol, vê-la cantando na língua foi surpreendente pra mim.

Solto um suspiro quando eles começam a se empolgar dançando e os gringos ao redor cantarolando a música também.

Richard toca nela, na cintura, dividem um único microfone e isso faz com que eles fiquem ainda mais perto. Eu sabia que trazer ela aqui ia ser complicado, mas não achei que ia me sentir desse jeito. Ela tá lá, se divertindo, e eu aqui, remoendo cada toque que ela troca com o ele. Já passei do ponto de ficar sóbrio, e a cerveja já não tá me fazendo bem.

Anita e Richard terminam a música e os dois riem juntos. Ele passa a mão na cintura dela de novo, e sinto meu sangue ferver. Ela olha pra mim, um sorriso sínico no rosto, sabendo exatamente o que está fazendo.

Então, eu decido agir. Se ela pensou que o álcool ia me inibir de algo, está bem enganada.

Ando em direção a eles dando passos firmes. Anita me avista antes que eu chegue perto o suficiente, o sorriso some e os olhos escurecem.

– Chega! — falo, tomando o microfone da mão de Richard.

– Qual foi, Raphael? Como assim chega? — Richard me olha sem entender.

– O que passa, amigo? — Piquerez pergunta.

– Não se mete vocês dois. — olho diretamente pra Anita. – Vamos embora. Agora!

Ela não responde, me encara e olha ao redor como se dissesse "você sabe o que tá fazendo né!?" e eu respondo um com um olhar também "sei exatamente oque estou fazendo."

Então ela pega o celular na mesinha de centro, se despede de um por um e passa por mim devagar.

Obediente, gostei.

– Alguém aqui vai querer dinheiro pra manter isso em segredo? — pergunto a eles, todos me encaram e ficam em silêncio. – Ótimo! Espero que o recado tenha sido dado.

Ando atrás dela, sentindo os olhares assustados dos outros jogadores. Eles sabem muito bem oque está acontecendo, ninguém aqui é santo.

Anita segue em direção à saída, com passos lentos e provocantes, claramente aproveitando cada segundo dessa situação.

Uma vez fora do bar, pego seu braço com firmeza, mas não com força, e a empurro contra a primeira parede que encontro. Ela me encara, os olhos ainda escuros de... de... Satisfação? Ela queria que isso acontecesse.

– Tá querendo me humilhar na frente dos seus amiguinhos agora, é? — ela diz, cruzando os braços.

– Você sabe muito bem o que tá fazendo, Anita. — minha voz sai mais ríspida do que eu pretendia.

Ela solta uma risada seca.

– E você não? Ou vai usar o álcool como desculpa?

Sinto o sangue ferver de novo, mas me esforço para manter a calma. Puxo ela para mais perto, minha mão apertando sua cintura.

– Isso aqui não é sobre controle. — minha voz é baixa, quase um sussurro. – Eu sei o que você quer, e não é assim que vai conseguir.

𝐀𝐃𝐔𝐋𝐓É𝐑𝐈𝐎. - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.Onde histórias criam vida. Descubra agora