033. MEU E MINHA.

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𝐀𝐍𝐈𝐓𝐀 𝐂𝐀𝐌𝐏𝐎𝐒

00:50 da noite, e eu ainda não consegui pregar meus olhos pra dormir. Estou esperando, esperando uma resposta, uma mensagem, uma ligação, ou até mesmo ele... Batendo na minha porta, dizendo que tudo finalmente acabou e que a gente não precisa mais se esconder do mundo.

Mas é óbvio que isso não aconteceu. Pra mim está bem claro que a Bruna começou discutir com ele e ele simplesmente desistiu, e calou a boca dela com aquele maldito corpo.

Que ódio!

Por que eu escolhi ele? Por que teve que ser ele? Por que justamente alguém que não faz meu tipo?

Antes de ficar com Raphael ele nunca me atraiu, nunca me chamou a atenção. Pelo ao contrário, eu sempre tentei entender oque as pessoas viam nele.

Mas aí aconteceu. Não sei quando, nem como, mas ele me pegou de jeito. E agora aqui estou eu, uma completa idiota, esperando por alguém que talvez nem tenha a decência de aparecer.

Me reviro na cama, tentando encontrar uma posição que me faça esquecer da raiva. Porque é isso que eu sinto agora: raiva. Raiva de mim, raiva dele, raiva da Bruna, raiva dessa situação toda.

Eu nem queria me apaixonar, muito menos por ele. Eu fui burra em deixar isso ir tão longe. Fecho os olhos, tentando bloquear todos esses pensamentos, mas os trovões e relâmpagos da chuva que tanto ameaçou cair, derruba a energia do meu apartamento.

– Era só oque faltava — bufo, me levantando da cama com impaciência e indo em direção a cozinha buscar uma vela.

Caminho até a cozinha com os pés descalços tocando o chão frio, o silêncio interrompido apenas pelos trovões que parecem ecoar dentro de mim. Acendo a vela com as mãos trêmulas, e a luz fraca ilumina parte da cozinha, mas a sensação de desconforto cresce.

Dou uma olhada na sala e, de repente, algo me parece fora do lugar. A porta. Ela está aberta.

– Mas eu tenho certeza que fechei... — murmuro para mim mesma, franzindo o cenho. Lembro de ter trancado. Lembro muito bem.

Meu corpo todo fica tenso, como se algo me observasse da escuridão. Respiro fundo, tentando ignorar o arrepio na espinha, e caminho lentamente até a porta. As chaves ainda estão penduradas do lado de dentro. Isso não faz sentido.

De repente, o estrondo da janela se abrindo com o vento me faz pular de susto. Corro até ela, com o coração disparado, e fecho a janela com força, tentando me acalmar. Quando vou fechar a cortina, vejo uma sombra refletida no vidro.

Paro, congelada, e sinto meu coração acelerar ainda mais. Antes que eu possa reagir, dedos firmes tocam minha cintura, afundando no tecido fino do meu pijama. O toque é familiar, mas agora carrega algo mais intenso, quase assustador.

– Raphael… — sussurro, mas não tenho forças para me virar.

Ele se aproxima ainda mais, o corpo dele pressionando o meu gentilmente, enquanto os lábios quentes tocam meu ombro, deixando que a alça do pijama escorregue devagar pelo meu braço. Sinto a barba dele roçar contra minha pele, causando arrepios que percorrem todo o meu corpo.

– Agora eu sou todo seu. — sussurra, a voz baixa e rouca, enquanto um beijo molhado no lóbulo da minha orelha me faz fechar os olhos.

A tensão no ar, misturada com o desejo e a escuridão, torna impossível saber o que virá a seguir.

𝐀𝐃𝐔𝐋𝐓É𝐑𝐈𝐎. - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.Onde histórias criam vida. Descubra agora