pode beijar a noiva

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LOREN COLUCCI

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LOREN COLUCCI

Depois de quase meia hora de um sermão italiano tradicional que o Arcebispo tinha decorado muito antes de eu ter nascido, e citava como se fosse a coisa mais tediosa do universo, ele fez uma pausa, desviando o olhar entre meu noivo e eu, antes de continuar.

— Leonardo Augustus Salvattore e Loren Charlotte Colucci, com a bênção de Deus e com a benção dos homens, eu os declaro marido e mulher, unidos, até que morte os separe. - os convidados se colocaram de pé e aplaudiram de forma educada, já acostumados com a cerimônia tradicional. Desviei meu olhar de Leonardo para os convidados, eu não estava tão nervosa quanto antes, mas, a ideia de ser beijada na frente daquela quantidade absurda de pessoas, me deixava incomodada e envergonhada. — Agora, - o Arcebispo olhou para Leonardo e eu engoli seco — Pode beijar a noiva.

Os aplaudos soaram mais altos conforme Leonardo voltava os olhos pra mim, e o meu nervosismo voltou com força total. Apertei sua mão com força, umedecido os lábios, enquanto meus olhos teimosamente focavam nos seus.

Eu queria que ele me beijasse, mesmo que fosse na frente de todas aquelas pessoas.

Engoli seco enquanto ele se aproximava, e senti minha boca secar quando as mãos enormes de Leonardo seguraram minhas bochechas, mesmo que tenha sentido falta do aperto reconfortante na minha mão, o calor que emanava delas em meu rosto também era bom. Eu me acostumaria com isso sem problemas.

O rosto dele estava próximo ao meu, os olhos negros e vazios estavam tão perto que eu apenas fechei os meus próprios olhos e entreabri os lábios, esperando pelo meu beijo, mas ele nunca veio.

Senti os lábios de Leonardo em minha testa e abri os olhos, tentando entender o que ele havia feito e tentando entender porque eu estava tão irritada por isso.

O que as pessoas pensariam?!

Tentando não demonstrar meu incômodo com o beijo na testa, eu esperei que ele se afastasse e então, sorri para a multidão, dando um passo para trás.

— Senhora Salvattore - Leonardo disse, estendendo o braço pra mim.

— Senhor Salvattore - passei meu braço enluvado pelo dele, tentando ignorar que eu podia sentir os músculos sob o tecido caro do seu terno.

Ficamos parados e eu sorri para a o fotógrafo que se aproximou sorrateiramente, como se minha vida dependesse disso.

— Ainda com "senhor"? Já estamos casados. - ele não parecia feliz e isso me deixou satisfeita.

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