Loren Colucci era a noiva de Mário Monteiro desde a adolescência, mas nenhum dos dois desejava a união.
Loren não suportava a ideia de se casar com o menino que viu crescer e com ele não era muito diferente, se existisse algum tipo de sentimento bo...
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LOREN SALVATTORE
— Você é uma mentirosa! - Pietra exclamou em um misto de diversão e indignação quando eu fiz mais um ponto contra ela. Era a nossa terceira partida da manhã, mas eu ainda estava cheia de energia. Ela olhou ao redor procurando a bola enquanto eu ria.
— Não sei do que está falando, querida - eu dei de ombro, rodando a raquete na minha mão.
— Você disse que não era boa com esportes! - ela acusou, finalmente achando a nossa bola. — Mas você ganha todas as partidas, sua raposa sorrateira.
Soltei uma risada com o apelido e Pietra revirou os olhos, se preparando para sacar.
— Eu não sou tão boa, você que é péssima - eu disse rindo, e abriu a boca.
— Você é má!
— Vamos fazer uma pausa - eu disse erguendo as mãos em sinal de rendição — Uma garota precisa descansar depois de tantas vitórias seguidas.
— Cale-se, sua esnobe.
Caí na gargalhada, eu tinha me acostumado extremamente rápido com a personalidade de Pietra, talvez fosse porque ela me lembrava um pouco a esposa do meu primo, Sirena. Elas duas com certeza iam se odiar, personalidades iguais era a mesma coisa que problema em dobro, mas eu com certeza ia me divertir com a situação.
Minha primeira impressão de Pietra não foi uma das melhores, mas mesmo que se parecesse com uma daquelas garotas que fazem o papel de vilã em filmes, fazia muito tempo que eu não me divertia tanto.
Saímos da quadra e um funcionário pegou nossas raquetes. Estávamos no Palazzo, o clube privado que Pietra havia me apresentado, vinhamos quase todos os dias e já tínhamos feito de tudo, mas o meu favorito com certeza eram as aulas de pilates, já Pietra preferia o estúdio de cerâmica. Ela conseguiu fazer um xicara, e estava muito orgulhosa disso, mesmo que aquele objeto não parecesse nada com uma xicara. Eu tentei não rir quando ela me convidou para o apartamento e eu vi a coisa horrenda exposta na cozinha luxuosa dela como se fosse um prémio.
— Preciso retocar meu cabelo - ela disse enquanto seguiamos para a sala privativa de Pietra, sim, ela tinha uma sala privativa, segundo ela, se trocar na frente de várias outras mulheres era desconfortável. Vez ou outra eu me perguntava quem ela era, quer dizer, eu conheci muita gente rica pra saber que ela deveria ser uma herdeira, sem sombra de duvidas, mas ela nunca entrou no assunto, então não achei necessário perguntar, já que Pietra também nunca questionou nada mais sobre minha vida pessoal. Era um acordo silencioso.
— Você não fez isso duas semanas atrás? - eu lembrava muito bem que tinha a acompanhado por uma tarde inteira no salão onde nos conhecemos.
— Minha raiz cresce rápido - ela explicou, e ia continuar falando mas fomos interrompidas.