Loren Colucci era a noiva de Mário Monteiro desde a adolescência, mas nenhum dos dois desejava a união.
Loren não suportava a ideia de se casar com o menino que viu crescer e com ele não era muito diferente, se existisse algum tipo de sentimento bo...
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LOREN COLUCCI
— Loren? Tudo bem? - Sirena perguntou em um sussurro quando me posicionei ao lado dela — Você está com uma cara... Salvattore fez alguma coisa?
— Não. Está tudo bem. Não aconteceu nada. - resmunguei, já irritada o suficiente com ele, se eu contasse a Sirena, Leonardo Salvattore estaria morto no fim do dia e eu ficaria sem um noivo novamente. O que não seria nada bom para a minha reputação que já estava na lama fazia tempos.
Olhei para trás e o dito cujo estava na fileira anterior a nossa, junto com Felipo e mais alguns homens. Ele estava olhando fixamente pra mim, uma expressão irritadiça, como se ele estivesse certo! Eu ergui a sobrancelha em desafio, mas, desviei o olhar, com medo que alguém acabasse notando nossa guerra silenciosa.
A marcha nupcial que estava sendo tocada no piano, se tornou mais alta e todos viramos em direção às escadas, onde Águia estava, usando um vestido branco midi decotado que abraçava seu corpo de forma sedutora, ela tinha um pequeno arranjo de rosa vermelhas nas mãos e estava olhando diretamente para Mário.
Vacilei por um instante e desviei meu olhar para ele. Mário parecia... radiante. Eu estava falando sério quando desejei que eles fossem felizes, mas dizer era bem mais fácil do que ver.
Mário nunca teria olhado pra mim daquele jeito. Mesmo que tivéssemos uma espécie de carinho fraternal entre nós, ele jamais me olharia como se eu fosse... querida. Eu estava com inveja.
Eu queria isso. Queria paixão, queria loucura... queria me apaixonar e...
Enxuguei uma lágrima cheia de rancor que desceu por minha bochecha e forcei um sorriso quando Águia passou por mim no corredor, sorrindo diretamente pra mim. Agora, eu estava com raiva.
Podia ser coisa da minha cabeça, mas parecia que ela estava mostrando que havia tomado o que devia ser meu. O que era meu desde que eu era uma menina.
Eu não o queria, mas era meu. Era meu. Meu.
A cerimônia passou inteira em um borrão, eles ouviram o sermão genérico do celebrante, trocaram votos e se beijaram. Então, todos batemos palmas, como se eles merecessem... como se eles não fossem dois traidores!
Eu estava furiosa. Não devia ter vindo. Devia ter ficado em casa...
— Loren? - Sirena me olhou preocupada.
— Preciso ir ao banheiro - eu disse antes de dar as costas e passar entre as pessoas, tentando chegar mais rápido possível ao banheiro de visitas que ficava no caminho da cozinha.
— Loren... - uma mão forte segurou meu braço e eu me surpreendi ao ver Felipo.