Loren Colucci era a noiva de Mário Monteiro desde a adolescência, mas nenhum dos dois desejava a união.
Loren não suportava a ideia de se casar com o menino que viu crescer e com ele não era muito diferente, se existisse algum tipo de sentimento bo...
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LOREN SALVATTORE
Abri os olhos assustada quando a porta foi aberta silenciosamente, apenas um abajur estava ligado e com as cortinas totalmente fechadas, o quarto estava uma penumbra, e eu ainda consegui reconhecer Leonardo, mas, ele não notou minha presença enquanto caminhava lentamente para o banheiro.... eu poderia pensar que ele estava tentando apenas não me acordar, mas o cheiro metálico de sangue e a lentidão com a qual ele estava andando, deixava claro que não.
Ele ligou a luz do banheiro, mas não se deu o trabalho de fechar a porta, permitindo que eu entrasse lá facilmente. Arfei surpresa ao ver as costas ensanguentadas de Leonardo, mas não foi apenas isso que me pegou desprevenida, haviam muitas cicatrizes, nas costas nos braços, cicatrizes que eu devia estar muito ocupada para prestar atenção algumas noites antes.
Leonardo olhou por cima do ombro, e não parecia nenhum pouco feliz ao me ver.
— O que está fazendo acordada essa hora? - ele perguntou soltando um suspiro irritado.
— Você precisa de ajuda? - perguntei, desviando meu olhar para a camisa ensanguentada no chão e a poça vermelha que se formava aos seus pés.
— Volte para a cama - ele mandou impaciente, mas eu o ignorei, me aproximando. — Eu disse pra voltar, Loren. - ele virou-se de uma vez e eu paralisei, dois cortes atravessavam seu peito, eles vinham da clavícula esquerda até as costelas.
— Dios... - sussurrei — Quem fez isso com você?
— Não importa, volte para a maldita cama agor- ele fechou os olhos com força e seus joelhos fraquejaram, como se ele tivesse ficado tonto.
— Você precisa de pontos. E de uma transfusão de sangue.
— Não é como se você soubesse fazer isso, Loren - ele latiu. — Se quer mesmo ajudar, chame Afonso, mas antes coloque a porra de uma roupa.
Olhei para baixo e engoli seco ao ver que em algum momento da noite o nó que prendia meu roupão havia se defeito e Leonardo tinha uma visão parcial do meu corpo coberto apenas por renda.
— Eu vou chamar Afonso - respondi fechando novamente o roupão e reforçando o nó — Você deveria se sentar... - eu olhei para ele por mais alguns instantes antes de dar as costas e sair rapidamente do quarto atrás de Afonso.
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Os primeiros raios de Sol estavam nascendo quando Afonso saiu do banheiro com Leonardo apoiando nele, todo o seu tronco estava coberto por ataduras, que escondiam os cortes, mas as roupas de Afonso estavam cheias de sangue seco.
Afonso ajudou Leonardo a se sentar na cama com certa dificuldade, eu não me aproximei e tentei ajudar porque não estava afim de ouvir Leonardo gritando comigo como fez no banheiro, então esperei Afonso sair.