Loren Colucci era a noiva de Mário Monteiro desde a adolescência, mas nenhum dos dois desejava a união.
Loren não suportava a ideia de se casar com o menino que viu crescer e com ele não era muito diferente, se existisse algum tipo de sentimento bo...
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LEONARDO SALVATTORE
Eu não podia mais adiar a minha volta a ativa, meus pontos já haviam sido retirados pelo médico e, eu já estava conseguindo fazer exercícios abdominais para fortalecer a região. Já era de voltar, depois de quase morrer, era bom mostrar aos meus aliados e aos meus inimigos, que eu era mais forte do que eles pensavam, ou mais sortudo.
Eu não morri quando criança ao me afogar em um lago, não morri no acidente de carro que matou meus pais e meu irmão mais novo, e, não morri quando meu irmão foi alvejado junto com a esposa, e, eu também não morri quando um filha da puta desertor tentou me cortar ao meio em uma emboscada.
Eu não morri, e ainda arranquei sua cabeça fora. Foi um fim trágico pra ele e o seu cumplice, em situações comuns, eles seriam torturados, dias a fio, mas, como eu estava tentando não descer pro inferno mais cedo, foi rápido e certeiro, duas cabeças decepadas enquanto eu me sentia aliviado pelo corte não ter sido profundo o suficiente para atingir meu coração, se isso tivesse acontecido, talvez eu ainda estivesse observando minha esposa dormir, só que como um fantasma de verdade.
Loren iria acordar em breve, ela tinha o sono pesado, mas sempre dormia e acordava em horários parecidos. Eu passava a maior parte da noite a observando se mexer e soltar palavras desconexas enquanto dormia, já tinha se tornado um hábito, e não apenas quando ela estava dormindo, mas eu me pegava a observando o tempo todo.
Mas eu voltaria para a minha realidade em breve, uma realidade que quando eu levantasse o rosto, não a veria sentada na poltrona de sempre, imersa em uma leitura, não a ouviria conversar com a amiga pelo celular, ou a veria se deliciar com as refeições que ela fazia questão de ter ao meu lado, e, não a veria desfilar com pijamas provocantes sempre que possível.
Loren se mexeu ao meu lado e resmungou, soltando um bocejo ao abrir os olhos. Essa foi a minha deixa para levantar da cama, e ir me preparar para o dia. Se, eu estivesse no meu normal, eu já estaria fora de casa, mas eu estava relutante quanto a isso, e preferia não querer saber o motivo.
Entrei no banheiro e caminhei até o espelho, abrindo os botões da camisa do meu pijama para admirar a minha nova cicatriz estava um pouco avermelhada, mas totalmente fechada, em breve, ela seria apenas mais uma entre as muitas marcas do meu corpo.
— Posso tomar banho primeiro? - a voz de Loren me fez desviar o olhar do meu reflexo no espelho, ela estava parada na porta, tentei não reparar tanto assim nas suas pernas ou no decote cavado do vestido azul. Ela tinha e livrado do roupão de seda da mesma cor, permitindo que eu visse como o tecido modelada seu corpo.
— Eu cheguei primeiro - respondi, voltando minha atenção ao espelho.
— Por favor, Leonardo - ela se aproximou — Eu estou atrasada.