Loren Colucci era a noiva de Mário Monteiro desde a adolescência, mas nenhum dos dois desejava a união.
Loren não suportava a ideia de se casar com o menino que viu crescer e com ele não era muito diferente, se existisse algum tipo de sentimento bo...
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LOREN
Era difícil não ficar olhando o tempo todo para Leonardo. Era como se eu fosse um mosquitinho sendo chamado pela luz, só que, ele não parecia nada com uma luz, pelo contrário.
Tudo nele gritava mistério. Talvez por isso eu estava tão... curiosa.
Eu conheci Mário minha vida inteira, então, não tinha muito o que descobrir sobre aquele lunático por sangue e destruição, mas, com Leonardo, era diferente.
Éramos completos desconhecidos, mas mesmo assim, ideia de me casar com ele não era tão aterrorizante quanto era me casar com Mário.
Não que ele melhor que Mário no quesito caos e destruição. Nenhum dos homens do nosso mundo eram inocentes ou "bons" aos olhos de quem estava de fora, mas eu não queria um homem bom para os outros.
Eu queria um homem que fosse bom pra mim. Apenas isso.
Era disso que se tratava.
Embora eu não fosse criar expectativas sobre ele ou qualquer outra coisa.
Jantamos ouvindo a conversa dos homens sobre negócios, Leonardo falava sobre Pisa e depois os dois entraram em um assunto nada interessante sobre transporte de armas.
Olhei para Sirena que parecia tão entediada quanto eu e, diferente de mim, ela não estava se esforçando nenhum pouco para esconder isso.
Depois do jantar, fomos para a sala e Leonardo já estava de saída, quando o celular do meu primo começou a tocar.
— Sim, Archie? - Felipo se afastou ao atender, sumindo da sala rapidamente.
— Então... - Sirena limpou a garganta — Agora eu fingir que tenho algo importante pra fazer e deixar vocês dois para conversarem sem uma plateia - e dizendo isso, ela subiu as escadas, me deixando de boca aberta.
— Ela tem algum bom senso - Leonardo começou casualmente, já sentado no sofá.
Eu o encarei por alguns instantes, controlando a vontade de dizer a ele para não falar daquela forma sobre Sirena, alémde ser minha melhor amiga, minha família, Felipo não ficaria nada feliz se ouvisse.
— Não podemos ficar sozinhos, senhor Salvatoree - eu disse torcendo para não parecer tão nervosa quanto estava, ainda insistindo no senhor, não só para irrita-lo, mas também por não me sentir confortável para chama-lo pelo nome tão casualmente.
Me sentei em outro sofá, o mais longe possível que consegui.
— Já aconteceu antes - ele disse e eu engoli um gemido de frustração.
