você devia tentar

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LOREN SALVATTORE

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LOREN SALVATTORE

— Que cara é essa? - Leonardo perguntou ao sair do banheiro, com apenas uma toalha enrolada ao redor da cintura enquanto secava o cabelo com outra. Ele tinha chegado sujo de sangue, por sorte não era dele, mas as suas roupas tinham ido direto para a lata de lixo.  

Mais algumas semanas se passaram e criamos uma rotina noturna estranha que consistia em espera-lo acordada para dormimos juntos. Ele parou de me repreender por ficar acordada até tarde, apenas tomava banho e vinha para a cama, agora, além de conversas que ficavam incompletas por que eu caia no sono, tinha perdido a conta de quantas vezes eu acordei nos braços de Leonardo, ou quantas vezes eu acordava sufocada pelo peso do seu corpo sobre mim, me agarrando como um filhote de coala carente.

Era muito mais do que antes, só que não era o suficiente pra mim. 

— Pode dar uma folga para Armando amanhã? - perguntei deixando meu livro de lado, eu nem estava lendo de verdade, mas fazia tudo parte do meu plano — Sinto que vou morrer de tédio se não fizer algum diferente nos próximos dias.   

— E o que meu advogado tem haver com isso? - Leonardo perguntou desinteressado. 

— Ele se ofereceu pra me levar para conhecer a cidade - eu expliquei — Aquele dia em que você o expulsou daqui, e aquilo foi muito rude da sua parte, diga-se de passagem.

Mic, Armando tem trabalho a fazer. - ele deu as costas e foi para o closet, claramente me ignorando. Pulei da cama e fui atrás dele.

— Ele trabalha pra você - eu disse entrando no closet, Leonardo estava abrindo uma de suas gavetas, provavelmente procurando por um pijama. — O quê custa dar um dia de folga? Tecnicamente é trabalho também, não é? Muitos homens consideram deixar uma mulher satisfeita um trabalho, sabia? Se você por esse lado... 

— Às vezes eu me pergunto se você ouve as coisas que fala, Loren - ele me olhou por cima do ombro, um olhar que dizia que eu tinha que me calar urgentemente.

— Mas, Armando pode me levar? - eu insisti. 

— Eu. já. disse. que. não. - ele disse pausadamente, sem se dar o trabalho de me olhar. Eu queria gritar com ele, mas não fiz isso. 

— Tudo bem. Vou esperar você na cama. - eu avisei calma. 

Leonardo finalmente se virou pra mim, cruzando os braços.

Encolhi os ombros.

Seu olhar estava cheio de suspeita e desconfiança, mas eu abri um sorriso triste e dei as costas, voltando para a cama, para seguir nosso ritual. Não demorou para que ele viesse para a cama, mas dessa vez eu fingi que já estava dormindo, o que permitiu com que ele me puxasse para perto e eu adormeci rapidamente.

*** 

— Estou saindo - Leonardo avisou, me fazendo abrir os olhos lentamente. Ele estava parado ao pé da cama, já completamente vestido e com os cabelos penteados com gel para trás. Seu cabelo negro já estava ficando tão grande quando no dia em que nos conhecemos e eu particularmente preferia ele assim, mas sem o gel. Ele estava usando uma calça social preta e uma camisa de botões da mesma cor, não havia muita diversidade de cores ou roupas na sua parte do closet, as vezes parecia que ele estava usando as mesmas roupas por dias e dias. 

LORENOnde histórias criam vida. Descubra agora