EPÍLOGO.

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Amar é só uma palavra até que alguém venha e lhe dê sentido.
~ Paulo Coelho.

Narrado por Ayla

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Narrado por Ayla.

Doze anos depois...

— LOIRINHAAAAAAA. — Escutei a sua voz e no mesmo momento estremeci, como uma criança podia ser tão barulhenta como ele era?

Me pergunto o que estava pensando quando decidi cursar pedagogia ao invés de direito na faculdade. Meus pais, obviamente, ficaram bem decepcionados quando quebrei essa tradição na família. Mas quando terminei a escola, descobri que adorava a forma como as crianças eram puras e curiosas, que foi impossível resistir a esse curso.

Descobri que gostava de ensinar, e ensinar era ajudar esses pequenos seres a desenvolverem seus pensamentos.

E aquele serzinho era o mais inacreditável que eu já vi na vida, e tinha a capacidade de esgotar a energia de qualquer um. E esses poderes ele adquiriu com apenas dez anos de idade.

— Ai... você chegou? — Fingi revirar os olhos e vi o sorriso sapeca que surgiu em seus lábios.

— Não precisa fazer essa cara! Prometi a minha mãe que ia me comportar porque ela me disse que socaria minha cara se eu não fosse bonzinho. — Sua mãe imediatamente arregalou os olhos assim que Arthur declarou.

— Essa crianças... — Eu ri ao ver o olhar que sua mãe lançou para ele. — Eu sei que está meio em cima, Ayla... Mas será que você poderia levá-lo para cortar o cabelo para mim? Eu pago o dobro por isso! Amanhã temos um aniversário da minha mãe para ir e digamos que ele precisa ir arrumado. — Sua mãe praticamente implorou em minha frente.

— Vovó é maluca por arrumação! E tem que cortar o cabelo, tem que tá com a roupa sempre arrumada, não pode nem estar fedendo a cecê! — Arthur gesticulava enquanto movia suas mãos de um lado para o outro, com uma expressão indignada.

— Cala a boca, Arthur! — Sua mãe revirou os olhos, estendendo um cartãozinho para mim. — Aqui está o endereço do salão. Arthur corta lá desde de novinho, os meninos são uns queridos. — Ela sorriu ao dizer isso.

— Eles são muito legais, Ayla! Eles dão balinhas para as crianças, sabia? E eles também cortam o cabelo de jogadores profissionais! Sabia que eles já cortaram o cabelo do Léo Pereira? E também do Bruno Henrique! Eles são brabos! Eu gosto de cortar com o tio Lorenzo, mas está sempre cheio! Mamãe disse que conseguiu um horário hoje com ele. — Arthur parecia muito empolgado ao dizer. — Vou falar para ele cortar meu cabelo igual ao do Léo Pereira! — Sua empolgação me fez rir.

Mas o que me deixou intrigada é que esse nome me pareceu muito familiar. E o nome do salão parecia ainda mais familiar para mim.

— Você não vai pedir nada! Vai cortar o de sempre! — Sua mãe falou, fazendo com que ele fizesse um bico.

Te Encontrei Para Me AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora