A Morte lhe Cai Bem.

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Mabel O'Connell.

A morte morre? É uma pergunta cruel que me repetia todos malditos dias, e se um dia eu acordasse e ela simplesmente não estivesse mais comigo? E se o todo poderoso decidisse que ela iria morrer ali e agora? O que mata a morte? A morte pode morrer?

— Você morre, Billie?

— Pergunta estranha, quer me matar? — Levanto a cabeça de seu peito, a olhando.

— Não, eu só tenho medo...

Criptonita... — Ela diz. — Criptonita me enfraquece e me mata.

— E o que é uma Criptonita? — Ela sorri, passando a mão do lado do meu rosto.

— Depende... — Assenti com a cabeça, deitando em seu peito de volta. — Muitas pessoas querem me ver morta, Mabel. Pessoas, demonios, anjos e até arcanjos, vai por mim, ja matei muita gente que era extremamente especial para alguém.

— Ah... — Fico encarando um ponto fixo, e se ela morrer?

Dias antes...

— Legal, vou ser titia! — Dou um sorriso para Anastásia assim que ela termina de falar.

— Poisé, nós vamos! — Anabel ri, passando a mão na barriga.

— Se for menina, vai se chamar Louise e se for menino, Luca! — Dou um sorriso para Anabel, gosto de vê-la feliz.

— E o Finneas, a onde está?

— E a Billie, não era para você estar no avião com ela agora? — Merda, eu esqueci totalmente.

— Eu amo vocês, mas eu preciso ir... — As duas sorriem, me viro saindo do quarto, correndo pelo corredor. Bato no botão do elevador, esperando que ele chegue logo.

— Oi Finneas! — Digo assim que a porta se abre. — Sabe onde Billie está?

— Sim, está la embaixo, me deixou e ia embora.. — Dou um sorriso aliviada, tenho tempo. Quando o elevador se abre no térreo, vejo que a chuva aumentou, troveja e o céu é iluminado em minutos por raios. Sinto um vento enorme entrar pelo hospital, esfriando todo o meu corpo, deve ser por isso que Billie ainda está aqui. Corro até a porta do hospital, se eu passar vou me molhar, já é tarde, a rua está deserta e no hospital só tem o movimento dos médicos. Billie está encostada na parede, do outro lado, na entrada do estacionamento.

— Billie! — Chamo, mas ela não me escuta, ou me escuta e me ignora, como sempre. — Billie! — Ela levanta a cabeça, me olha e revira os olhos. — Billie, por favor! — Ela ainda me ignora.

— É a sua mulher? — Uma enfermeira aparece, ela deve ser da área neonatal, já que o jaleco dela é cheio de animais e cores mais "chamativas"

— É a minha noiva... — Coloco as mãos na cintura, respirando fundo. O céu clareia, acompanhado de um barulho alto, a chuva nem pensa em diminuir agora, o raio cai no meio da rua, tipo, bem no meio mesmo.

— Nossa! — A enfermeira diz, caindo na gargalhada. — Isso é realmente assustador!

— Você não faz ideia do que é assustador! — Ela ri, assentindo com a cabeça.

— Bom, espero que vocês consigam se entender! — Ela passa a mão no meu ombro antes de sair, dou um sorriso simpático, assentindo com a cabeça. Quer saber, foda-se.

• A Morte lhe Cai Bem. • // B.EOnde histórias criam vida. Descubra agora