A marca de Caim.

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Mabel Corrigan.

— Evite escutar tudo ao seu redor, ignore os gritos de socorro e outras coisas, tudo vai parar quando entrarmos na casa de Caim. — Billie dizia para mim, arrumando a manga do terno preto em que usava.

— Como vamos até lá? — Pergunto me virando.

— Parece idiotice, mas a forma em que vamos até lá pelo meu apartamento, é em um elevador. — Dou uma risada baixa, me virando para mexer no cabelo.

O vestido em que uso é aberto nas duas coxas, em um tom de vermelho sangue, não é tão curto, mas não é tão longo assim, meu cabelo está solto, com algumas tranças pequenas por ele e eu estou com um salto não muito alto. Billie usa um terno preto, seu cabelo está solto e ela usa um perfume masculino que exala poder.

— Você está linda, querida. — Billie põe as mãos na minha cintura, dou um sorriso para ela, a observando pelo espelho. — Só não vou te comer agora porque estamos atrasadas. — Billie sussurra no meu ouvido com um sorriso fraco no rosto, mordo o lábio inferior, abaixando a cabeça em seguida.

— Pontualidade existe no inferno? — Me viro para ela, que põe meu cabelo para o lado, beijando meu pescoço.

— Infelizmente sim, meu amor. — Ela diz levantando a cabeça, ela desce as mãos até minha mão, me puxando para fora do quarto.

— Finalmente, pensei que iam ficar lá para sempre. — Castiel diz se desencostando da parede.

— Cade a Naomi? — Billie pergunta para o rapaz, enquanto eles conversam, olho para nossas mãos juntas, dou um sorriso, me sinto segura com ela.

— Mabel, quando chegarmos lá, não escute nada, não veja nada, me ouviu? — A mulher dizia enquanto me puxava para dentro do elevador, ao lado de Castiel, a moça de pele morena não está com a gente, nem a Donahoe e a tal da Drew.

Descemos e descemos e, descemos... Quando finalmente a porta do elevador se abre, estamos em uma sala, Billie me puxa para sair do elevador, o inverno é uma sala pequena?

— Aqui é o... — Paro de falar quando Billie aperta um botão, abrindo uma vidraça completa para o lugar. O céu é vermelho, pequenas coisas pretas caem lá de cima, acho que são coisas queimadas, me aproximo mais do vidro, vendo que o chão é vermelho, parece ser grudento e molhado, provavelmente sangue. Tem uma areia vermelha, que leva até um oceano de sangue, abro a boca, tem até ondas, como aqui tem ondas se não...

— Ótimo, você assustou a garota. — Billie vem até mim, colocando a mão no meu ombro.

— Tem certeza de que quer continuar? — Assenti devagar com a cabeça, ainda olhando para a praia de areia preta.

— Não gosto daqui. — Escuto a voz da tal Naomi atrás de mim, me viro para ela, ela usa um vestido preto longo, com uma abertura na perna, seus cabelos estão soltos, com belos cachos formados, ela tem um salto alto preto no pé.

— Anjos podem usar roupas assim? — Pergunto.

— Podemos usar o que quisermos, querida. — Ela pisca para mim, andando para uma portinha ali. Ela abre, revelando um corredor grande e extenso, preto e com diversas portas.

Billie puxa minha mão, entrando no corredor. Mabel, não escute, não veja. Mabel, não escute, não veja. Fico repetindo isso por horas na minha cabeça até chegarmos no tal lugar.

— Se cuida, por favor. — Billie segura meu rosto com cuidado, deixando um beijo na minha testa.

Respiro fundo, indo em direção a grande porta da mansão assustadora. O segurança me olha de baixo para cima, sorri e abre a porta.

• A Morte lhe Cai Bem. • // B.EOnde histórias criam vida. Descubra agora