Doce Tentação (+18)

Você É Icônico

Depois que a chuva finalmente cessa e o sol começa a aparecer entre as nuvens, Ran e eu decidimos aproveitar a mudança no tempo e levar Chanel e Gucci para um passeio pela vizinhança.

A luz do fim de tarde reflete nas poças d'água, criando um brilho suave nas ruas. Chanel está animada, como sempre, correndo para todos os lados com a guia esticada, enquanto Gucci, no seu jeito elegante e um pouco desinteressado, caminha ao lado Ran, que cuida dela com tanto cuidado.

Caminhamos em um ritmo tranquilo, sem pressa. A vizinhança ainda tem o aroma fresco da chuva recente, e a brisa suave é revigorante. Ran está ao meu lado, com um sorriso sereno, segurando a guia da Chanel enquanto ela para a cada segundo para cheirar algo novo. Às vezes, ela late para uma folha ou um pássaro que passa voando, e isso nos faz rir.

Gucci, por outro lado está observando tudo com aquela expressão meio entediada, mas ao mesmo tempo curiosa. Ran de vez em quando acaricia seu pelo, e é impossível não notar o carinho com que ele trata a nossa felina.

Mesmo sendo um passeio simples, esses momentos são preciosos para nós – é quando deixamos as preocupações de lado e simplesmente aproveitamos a companhia um do outro, junto dos nossos companheiros de quatro patas.

O sol vai descendo devagar, tingindo o céu com tons alaranjados. Enquanto andamos, Ran comenta sobre como a vizinhança parece mais bonita depois da chuva, e eu concordo, mas o que realmente torna essa cena perfeita é a presença dele ao meu lado. O clima pós-chuva traz uma tranquilidade gostosa, como se o mundo inteiro estivesse mais leve.

A cada passo, sinto o calor suave do sol e a brisa fresca, mas o que mais aquece é a sensação de que estamos bem, juntos, aproveitando uma tarde comum que, para nós, se torna especial só por estarmos juntos.

Enquanto caminhamos pela vizinhança, Ran percebe que um dos cadarços do seu tênis desamarrou. Ele para na calçada e se abaixa para amarrá-lo, enquanto eu seguro a guia da e da Gucci, notando que Chanel fica inquieta, puxando a guia para continuar explorando.

Eu fico ao lado do Ran, observando ele com atenção, mesmo fazendo algo tão simples, Ran tem aquele jeito despreocupado que sempre me faz sorrir.

De repente, noto que um morador de rua sentado ali perto começa a olhar para Ran de uma forma estranha, com um sorriso malicioso. Ele solta um comentário atrevido:

— Oh lá em casa.

Eu fico meio sem reação, mas antes que eu possa dizer qualquer coisa, Ran se endireita, terminando de amarrar o tênis, e olha direto para o homem. Com um olhar firme e um sorriso de canto, ele responde com aquela ironia afiada:

— Que casa, gato?

A resposta inesperada me pega de surpresa, e não consigo segurar a risada. O jeito despretensioso com que Ran lida com a situação é tão típico dele. Ele não se deixa abalar por comentários tolos e ainda tem a confiança de devolver com bom humor. O morador de rua fica sem graça e murmura algo antes de desviar o olhar, enquanto eu ainda estou rindo.

Ran se levanta, ajeita o cabelo e me lança um olhar divertido, como se dissesse:

— Viu só? Não é qualquer um que me tira do sério.

Esse tipo de situação, que poderia ter sido incômoda, acaba virando motivo de risada para nós dois. Continuamos nosso passeio, com Ran voltando a segurar a guia de Chanel e da Gucci, e eu, ainda sorrindo, só consigo pensar no quanto admiro essa leveza e segurança que ele tem em si mesmo.

Tento segurar a risada mas logo me pego rindo da resposta afiada do Ran, e para aprimorar a situação, ele me olha com aquele sorrisinho maroto, me lança um olhar cheio de malícia e diz:

— Eu devia ter perguntado se a casa dele vem com suíte ou se é daquelas bem apertadinhas.

Meu riso, que já estava alto, explode de vez. Tento segurar, mas acabo soltando gargalhadas tão intensas que sinto meu rosto ficar quente, provavelmente ficando vermelho. Ran, sempre afiado, me faz rir de um jeito que só ele consegue. Ele me observa rindo como um bobo e começa a rir também, claramente satisfeito com o impacto das suas palavras.

Eu paro, me dobrando de tanto rir, e ele dá um tapinha leve no meu ombro, se divertindo com a situação.

— Tá vendo, amor? Eu ainda sou um gênio das respostas rápidas. — ele comenta, levantando as sobrancelhas de um jeito convencido que só me faz rir ainda mais.

O melhor de estar com Ran é essa espontaneidade que ele traz. Mesmo em situações inesperadas, ele tem um jeito único de transformar tudo em algo leve e divertido. E eu? Eu fico aqui, rindo como um idiota, lembrando por que me apaixonei por ele em primeiro lugar.

Eu poderia listar mil razões pelas quais amo o Ran, mas nenhuma palavra realmente faria jus ao que sinto por ele. É algo que vai além de qualquer explicação lógica. Talvez seja pelo jeito que ele ilumina qualquer ambiente em que entra, com aquele sorriso cativante e olhar penetrante. Ou quem sabe seja a forma como ele consegue me fazer rir até nos dias mais difíceis, como se tivesse o poder de afastar qualquer nuvem cinzenta que paira sobre mim.

Eu amo o Ran pelo jeito que ele se entrega completamente às coisas que ama, com uma intensidade quase hipnotizante. Seja dançando, cuidando da Gucci e da Chanel, ou até testando alguma tendência nova de skin care que ele encontrou na internet. Ele tem essa paixão pela vida que é contagiante, e eu admiro isso nele.

Amo como ele, apesar de ser todo provocante e cheio de atitude, tem um lado sensível e vulnerável que ele só mostra para mim. É nesses momentos, quando ele se deita no meu peito e deixa as inseguranças dele escaparem em pequenos sussurros, que eu percebo o quanto ele confia em mim. E é essa confiança, essa entrega, que faz meu amor por ele crescer mais a cada dia.

Eu amo como ele sempre me desafia a ser melhor, a sair da minha zona de conforto. Mas, ao mesmo tempo, ele me aceita do jeito que sou, com todas as minhas falhas e imperfeições. Ele é o equilíbrio perfeito entre caos e serenidade, e eu não consigo imaginar minha vida sem ele ao meu lado.

No fim, acho que o que mais amo no Ran é que ele não precisa se esforçar para ser tudo o que eu sempre quis. Ele é simplesmente ele – autêntico, irreverente e, acima de tudo, meu.