Nunca Esqueça Disso

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Acordo de manhã no hotel e, ao abrir os olhos, vejo Ran ainda deitado ao meu lado. Seu rosto está sereno e relaxado, um contraste suave com a energia vibrante que ele demonstra quando está acordado.

Seu cabelo, agora solto da trança que fez na balada, está espalhado pela almofada, e seus lábios estão curvados em um pequeno sorriso, mesmo enquanto dorme. O brilho suave da luz da manhã que entra pela janela ilumina seu rosto de uma maneira que o torna ainda mais encantador.

Sinto uma onda de ternura e gratidão por estar aqui com ele, em Roppongi, compartilhando este momento especial. Sem fazer barulho, me inclino para observá-lo mais de perto, encantado com a visão do seu descanso tranquilo.

A sensação de estar ao seu lado, vendo ele dormir com tanta calma, faz com que eu sinta que todos os esforços que fiz para criar essa experiência para nós dois valeram a pena.

Não posso deixar de me perder na beleza do seu cabelo bicolor, que está espalhado pela almofada. Com um carinho sutil, começo a acariciar os longos fios que caem até a altura das suas nádegas quando está solto.

A suavidade do cabelo do Ran é inigualável, e o contraste entre as cores me fascina a cada toque. Enquanto deslizo meus dedos entre os fios, sinto um profundo afeto e admiração por ele. Cada movimento é feito com cuidado para não o acordar, apenas apreciando a textura e a beleza do seu cabelo.

O brilho do sol da manhã ilumina o cabelo do Ran, criando um halo sutil ao seu redor. Continuo a acariciá-lo, me maravilhando com o quão perfeito e sereno ele parece, envolvido em um sono tranquilo. É um momento de pura conexão, em que a simples presença e o toque se tornam uma forma de amor e devoção.

Me levanto da cama com cuidado para não acordar Ran, visto um roupão de cetim macio e pego meu cigarro eletrônico. Caminho até a varanda do hotel e me debruço sobre o parapeito de vidro, apreciando a vista que se estende diante de mim.

O ar da manhã é fresco e revigorante, e o som da cidade que desperta começa a preencher o ambiente. Coloco o cigarro eletrônico entre os lábios e dou uma tragada lenta, sentindo o vapor que se dissolve no ar. O calor do vapor contrasta com a brisa suave que passa pelo meu rosto, criando um momento de tranquilidade.

Enquanto fumo, meu olhar se perde na paisagem urbana de Roppongi, uma mistura de edifícios modernos e ruas movimentadas. É um momento de reflexão, um intervalo tranquilo antes que o dia comece. O roupão de cetim é confortável e aconchegante, e a sensação de estar sozinho com meus pensamentos, enquanto Ran ainda dorme, traz uma paz serena.

Enquanto trago o vapor do cigarro eletrônico, minha mente começa a vagar, imaginando como foi a vida do Ran aqui em Roppongi. Consigo ver, em minha mente, o Ran criança, de cabelo longo e olhos brilhantes, segurando a mão do Rindou enquanto caminhavam pelas ruas movimentadas.

Ran, mesmo tão jovem, ele já carregava a responsabilidade de cuidar do seu irmão mais novo. Eles são órfãos, e Ran teve que crescer rápido demais, assumindo o papel de protetor e cuidador. Imagino eles voltando para um pequeno apartamento, Ran preparando algo simples para comer enquanto Rindou faz a lição de casa.

Vejo Ran adolescente, mais forte e determinado, mas ainda com aquele brilho nos olhos. Ele e Rindou vivendo sozinhos, enfrentando juntos os desafios da vida. Ran sempre cuidando do irmão, se certificando de que ele tivesse tudo de que precisava, mesmo que isso significasse sacrificar seus próprios desejos e necessidades.

A imagem do Ran crescendo e amadurecendo, sempre com Rindou ao seu lado, me enche de admiração e respeito. É incrível como ele conseguiu criar o irmão sozinho, dando a ele tanto amor e proteção. Agora, aqui em Roppongi, onde ele viveu tantas dificuldades e superou tantos obstáculos, posso ver a força e a resiliência que moldaram o homem que amo.

Doce Tentação (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora