20- O resgate

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O avião finalmente pousou em terras mexicanas, e o calor do sol parecia um abraço acolhedor após a longa jornada. Elas desembarcaram, um misto de ansiedade e esperança pulsando em seus corações. O aeroporto era uma mistura vibrante de cores, sons e cheiros exóticos que as envolviam. Rebeca, com os olhos brilhando de ver os tacos, liderou o caminho até a lanchonete.

...

Após retornarem da locadora, já com a SUV alugada, Rebeca e Simone se arrumaram rapidamente, e foram até a praia,

como as buscas da parte delas só iam começar no dia seguinte Rebeca resolveu levar Elis para se distrair um pouco, a menina amava tudo que envolvia água.

Assim que chegaram, o cheiro do mar e o som das ondas quebrando na areia criaram uma atmosfera mágica. Elis, que ainda não falava, expressava sua alegria através de risadas contagiantes que ecoavam na brisa do mar. Com os olhos brilhando de felicidade, ela correu pela praia em direção à água, enquanto Simone a acompanhava de perto. As duas se aventuraram em fazer castelos de areia magníficos, com torres altas e fossos improvisados, enquanto Rebeca observava com um sorriso no rosto, admirando a conexão entre as duas.

Simone moldou cuidadosamente cada detalhe do castelo, enquanto Elis se divertia jogando areia para o alto, criando uma verdadeira tempestade dourada ao seu redor. A cada risada da criança, Rebeca sentia seu coração se encher de amor e alegria. Elas também se revezavam nadando nas águas mornas do oceano; Elis ria tanto que parecia uma sereia encantada.

O tempo passou voando e logo o sol começou a se pôr no horizonte, tingindo o céu com tons vibrantes de laranja e rosa. O espetáculo da natureza deixou as três encantadas. Elas pararam por um momento para apreciar a beleza do pôr do sol, sentindo a brisa leve do mar em seus rostos. Rebeca puxou Simone e Elis para perto dela e tirou uma foto das três juntas, eternizando aquele dia especial.

Quando finalmente decidiram que era hora de voltar ao hotel, estavam exaustas, mas incrivelmente felizes. Com os cabelos salgados pelo mar e a pele dourada pelo sol, elas entraram no carro rindo e comentando sobre as aventuras do dia. A energia contagiante de Elis fez com que esquecessem qualquer cansaço, e a viagem de volta foi repleta de risadas e histórias sobre os castelos de areia que construíram.

Chegando ao hotel, as três estavam derrotadas fisicamente, mas os corações pulsavam com alegria pura.

Mas quando finalmente pensavam em descansar, o telefone de Rebeca tocou. O som do toque parecia ecoar como um alerta. Ela atendeu rapidamente, seu coração disparando ao ouvir a voz do policial do outro lado da linha.

- Encontramos Liam - disse ele com firmeza.

As palavras a atingiram como um raio. Sem pestanejar, Rebeca compartilhou a notícia com Simone e Elis. A adrenalina tomou conta delas; não havia tempo para descansar. Elas rapidamente pegaram algumas roupas de Liam e prepararam sacolas com comidas que poderiam confortá-lo - sanduíches caseiros, frutas frescas e biscoitos que ele adorava.

Com tudo pronto, elas partiram em direção à ilha onde Liam havia sido encontrado. A viagem parecia interminável, aproximadamente 4 horas de estrada. As horas se arrastavam enquanto elas rezavam para que ele estivesse bem.

Finalmente chegaram à ilha um cenário de beleza estonteante que contrastava brutalmente com a gravidade da situação. O céu estava estrelado; as ondas pareciam mais calmas ali. Mas o coração de Rebeca disparou ao avistar uma cena aterrorizante: Liam estava sentado no chão, envolto em um cobertor surrado nos braços de um policial. Seu corpo estava pálido e desfalecido.

A visão fez o mundo desmoronar ao redor delas por alguns instantes; o medo tomou conta do ar que respiravam. Ao lado dele, Owens estava sendo preso por dois oficiais; sua expressão era uma mistura de raiva e desespero enquanto tentava protestar contra as algemas que lhe prendiam os pulsos.

Rebeca sentiu sua coragem se esvaindo momentaneamente diante da cena angustiante, mas então ela viu os olhos de Liam - mesmo cansados e confusos - eles ainda brilhavam. Com um impulso quase instintivo, ela correu até ele, seguida por Simone e Elis.

- LIAM! - gritou Rebeca enquanto se aproximava.

As lágrimas escorriam pelo rosto delas enquanto se agachavam ao lado dele. Ele levantou a cabeça lentamente, tudo pareceu parar por um momento. A tensão foi substituída por alívio quando ele murmurou
-Elis...- disse saindo do cobertor e abraçando forte a menina em sua frente

-Eîs nunca deixa Liam.

Aquele simples chamado trouxe uma onda de conforto sobre elas; era como se todo o medo tivesse sido dissipado pelo amor incondicional que unia aquela família. Simone envolveu os dois em seus braços, sentindo o calor deles contra seu corpo frio.

Rebeca se juntou ao abraço apertado; todos ali eram um só naquele momento

Enquanto os policiais cuidavam da situação com Owens, os quatro encontraram consolo na presença uns dos outros e no reencontro mais esperado de suas vidas. O medo se transformou em alegria; aquele momento era deles novamente - repleto de amor e esperança renovada para enfrentar qualquer desafio futuro.

-Simone eu te amo... Você sabe. Eu só tava tentando proteger o Liam, eu sei que você me ama também- Jonathan gritava sendo segurando pelos policiais

Simone ainda abraçando as crianças chorava em desespero a cada palavra do homem.

Rebeca se levantou e foi até o homem com passos furiosos e deferiu não um, mas seis socos em seu rosto. Só não desfigurou sua face ali mesmo porque os policiais não deixaram.

-NUNCA MAIS DIRECIONE SUA PALAVRA A NENHUM DELES OUVIU SEU FILHO DA PUTA? OU EU ACABO COM SUA VIDA. NÃO MEXE COM A MINHA FAMÍLIA.

-Sua família? Não tem nada seu ali sua nojenta. Eu falo com o meu filho e com a MINHA esposa a hora que eu quiser. Quem você acha que é?

- Rebeca Andrade.- no mesmo momento deu outro soco em seu rosto, mas dessa vez ele tinha perdido três dentes.

-Levem ele...AGORA!!!- falou em tom de autoridade

Entre dores e amores- Rebeca Andrade e Simone Biles Onde histórias criam vida. Descubra agora