25• GOSTANDO

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Red Blossom

Concordar com essas aulas foi um erro. Porra, é difícil resistir a ela, especialmente quando me lança aquele olhar de desejo. Tudo o que mais quero é estar dentro dela. Mas, ao mesmo tempo, tenho que admitir que estou gostando cada vez mais de sua presença. Caralho, nem acredito que realmente assisti a um filme de romance com ela. E aquele papo de que nunca tinha visto um antes... Nunca a Dani me fez assistir a um filme, nem com todas as tentativas de me arrastar para o cinema. Claro, com o docinho dela, eu não resistia e cedia.

Estou muito ferrado. Não consigo dizer "não" a ela. Porra, sou um fracasso. Maldita seja ela com aquele olhar e aquela carinha de pecado.

Tomei um gole da minha cerveja, tentando me concentrar no que Renan estava falando sobre a corrida anual, o maior evento da região. Mas minha mente estava longe, voando para o outro lado da rua.

Depois que fiz o lanche, comemos apenas conversando sobre as aulas. Falei sobre como aprendi italiano desde pequeno, graças ao meu avô que era italiano. Tentei não prestar muita atenção nela, mas era impossível. A cada momento, ela me olhava com desejo, e puta merda, como eu a desejava também.

- Sinto que sua cabeça não está aqui - a voz de Renan me fez levantar o olhar. Ele me encarava com uma sobrancelha levantada.

Me mexi na cadeira, desconfortável. Olhei para Thor, deitado ao meu lado, aparentemente dormindo.

- Não é nada.

- Não parece que não é nada.

Bebi mais um gole da cerveja, tentando enrolar Renan, mas ele continuou me encarando, esperando que eu falasse mais. Eu não ia ceder.

- Deixa eu ver se adivinho - ele fingiu pensar e depois abriu um sorriso. Lhe lancei um olhar feio, mas ele ignorou - claro, a bailarina.

Suspirei, derrotado. Renan me conhecia bem demais para que eu pudesse mentir. Tomei mais um gole da cerveja, resignado.

- Sabia - o desgraçado bateu palmas no ar, como se tivesse ganhado alguma coisa - o que aconteceu? Se beijaram? Você transou com ela?

- O quê? Não!

Meu amigo confiava pouco em mim nesse sentido, mas ele tinha razão em algo. Vivo no limite quando se trata da Clary.

- Então o que aconteceu?

- Não aconteceu nada - respondi, mas ele parecia não acreditar. E, realmente, não aconteceu nada... ainda. Não sei até quando vou aguentar.

- E por que você está com essa cara?

Soltei um estalo com a língua, Renan riu, tomou um gole da cerveja e se encostou no meu jipe.

- É disso que tô falando.

- Eu realmente não fiz nada. Quer dizer... não fizemos nada. Só acho que não deveria ter concordado com as aulas.

- E por que concordou, então?

- Ela queria ajuda. Finalmente, ela estava seguindo o que eu falei e só queria...

Renan riu, tremendo os ombros, me interrompendo. Lhe lancei um olhar bravo, mas ele não se importou.

- Red, essa é a questão - ele suspirou - ela sempre foi do seu interesse.

- Ela precisava de ajuda.

- E desde quando você se importa se alguém precisa de ajuda? Pediu algo em troca?

Porra, não. Como eu digo que quero ela inteira, não só o corpo? Sou um desgraçado. Não consigo deixar uma garota ingênua e inocente em paz.

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