❤️ Carolana (Trans) ❤️

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S/n estava sentado no fundo da sala de aula, tamborilando os dedos longos na borda da carteira

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S/n estava sentado no fundo da sala de aula, tamborilando os dedos longos na borda da carteira. Seus olhos vagavam distraídos pelo quadro, enquanto a professora explicava algo sobre a Revolução Industrial. Ele tentava se concentrar, mas sua mente estava a quilômetros de distância, viajando até o último momento em que viu sua mãe.

A Carolana precisara viajar para uma competição importante. Como técnica de uma equipe de ginástica, sua presença era indispensável. Antes de partir, ela prometeu que voltaria assim que possível, mas já fazia mais de uma semana, e S/n sentia falta de sua mãe de um jeito que mal sabia descrever.

Naquela tarde, o tempo parecia passar mais devagar que o normal. S/n olhou para o relógio pela quinta vez em menos de dez minutos. Ele sabia que, ao final da aula, teria que ir para casa sozinho, e o pensamento o deixava ainda mais inquieto.

Quando o sinal tocou, S/n arrumou suas coisas com a costumeira lentidão. Ele era um garoto alto, chamativo, mas tímido. Alguns colegas o cumprimentaram enquanto ele atravessava o corredor, mas ele apenas acenou de volta, perdido em seus pensamentos.

Ao sair pelos portões da escola, S/n parou por um instante, surpreso. Ali, encostada em um dos postes, com óculos escuros e um sorriso que ele conhecia tão bem, estava Carolana.

— Mãe? — Ele murmurou, com a voz hesitante, como se não acreditasse no que via.

Carol tirou os óculos escuros e abriu os braços, pronta para recebê-lo.

— Surpresa!

S/n não pensou duas vezes. Deixou cair a mochila no chão e correu em direção a ela, as passadas largas cobriam a distância em segundos. Ele a envolveu em um abraço apertado, quase levantando-a do chão.

— Você voltou! Achei que só ia chegar no fim da semana!

— Eu consegui terminar tudo mais cedo. Não via a hora de te ver — respondeu Carolana, segurando o rosto do filho com as mãos e sorrindo.

Os dois permaneceram abraçados por longos minutos, ignorando os olhares curiosos de outros alunos e pais que passavam por ali. Para S/n, o mundo inteiro desapareceu naquele instante.

No caminho para casa, S/n falava sem parar. Ele contou sobre as aulas, as provas, e até sobre um pequeno incidente no treino de vôlei, onde conseguiu bloquear o jogador mais forte do time adversário. Carolana ouvia tudo atentamente, rindo e reagindo como se fosse a primeira vez que ouvia algo assim.

Quando chegaram em casa, S/n correu para a cozinha, pegando pipoca e refrigerante, enquanto Carol ligava a TV na sala.

— Que tal fazermos uma maratona de filmes? — sugeriu ela, enquanto se ajeitava no sofá.

S/n apareceu com uma tigela gigante de pipoca e se jogou ao lado da mãe, ocupando quase metade do sofá com suas pernas compridas.

— Você trouxe meu cobertor? — ele perguntou com um sorriso travesso.

— Claro que sim. Está no quarto. Mas, antes, me conta: o que você quer assistir?

A tarde passou em um piscar de olhos. Eles assistiram aos filmes favoritos de S/n, intercalando com histórias sobre a competição de Carolana.

— Você deveria ter visto o salto que uma das ginastas deu! Eu quase desmaiei de tão perfeito que foi — disse Carol, gesticulando animadamente.

— E vocês ganharam, né? Porque, claro, você é a melhor técnica do mundo!

Carol riu, bagunçando o cabelo do filho.

— Modéstia à parte, ganhamos sim.

Conforme a noite se aproximava, S/n percebeu que o vazio que sentia nos últimos dias havia desaparecido completamente. Ter sua mãe ao seu lado novamente era tudo o que precisava para se sentir completo.

Eles terminaram a noite deitados no sofá, cobertos pelo cobertor favorito de S/n. Ele acabou adormecendo com a cabeça no colo de Carolana, enquanto ela acariciava seu cabelo e olhava para ele com um misto de orgulho e amor.

Quando S/n acordou, já era tarde, e a TV exibia apenas os créditos do último filme. Ele se espreguiçou e olhou para a mãe, que ainda estava acordada.

— Você não vai dormir?

— Não queria perder esse momento. Fazia tanto tempo que não passávamos uma tarde assim...

S/n sorriu, sentindo-se novamente aquele garotinho que corria para os braços da mãe sempre que algo dava errado.

— Obrigado por voltar mais cedo, mãe. Você não faz ideia do quanto isso significa para mim.

— Eu faria qualquer coisa para te ver feliz, filho. Você sabe disso, não sabe?

— Sei sim — respondeu ele, abraçando-a novamente.

Naquele instante, S/n teve certeza de que não precisava de mais nada. Sua mãe era seu porto seguro, e tê-la ao seu lado era o melhor presente que ele poderia receber.

 Sua mãe era seu porto seguro, e tê-la ao seu lado era o melhor presente que ele poderia receber

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