Sonho Meu

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Capítulo 10: Sonho Meu

O som do tiro ainda ecoava pelo escritório, e tudo parecia acontecer em câmera lenta. Penélope caiu no chão, sua mão instintivamente cobrindo o ferimento enquanto o sangue começava a se espalhar rapidamente. Colin sentiu o coração parar por um momento, uma onda de pânico tomando conta dele. Ele correu até ela, caindo de joelhos ao lado de seu corpo.

- Penélope! - A voz de Colin saiu rouca, quase desesperada, enquanto ele pressionava as mãos sobre o ferimento na tentativa de conter o sangue. - Não… Não, não, não... Fique comigo, - ele murmurou, os olhos arregalados, o pânico crescendo dentro dele.

Os capangas, alarmados, já tinham se jogado em cima de Michael, que estava em choque, os olhos fixos no que acabara de fazer. Ele não lutou contra os homens, apenas olhou para Penélope no chão, atordoado.

- Penélope... Eu... Eu não...

- Cala a boca! -  Colin gritou, sem desviar o olhar de Penélope, seus dedos manchados de sangue enquanto pressionava o ferimento. A raiva que borbulhava dentro dele era tão intensa que ele mal conseguia raciocinar. - Amarrem-no! -  ordenou aos capangas, a voz carregada de um ódio que ele nunca sentira antes. - Prendam esse desgraçado e o mantenham aqui. E rezem, Michael... Reze para que ela não morra. Porque se ela morrer, eu juro por Deus que vou arrancar sua cabeça com minhas próprias mãos.

Michael não disse mais nada, apenas ficou imóvel enquanto os capangas o levavam para longe, o choque ainda estampado em seu rosto.

Colin voltou sua atenção para Penélope. Ela respirava de forma irregular, os olhos entreabertos, sua pele ficando pálida rapidamente.

- Penélope, fique comigo - ele sussurrou, tentando manter a calma, mas o medo de perdê-la estava o consumindo. Ele tirou o celular do bolso, ligando para o médico de confiança, gritando ordens rápidas para que ele viesse imediatamente.

Ela tentou falar, mas sua voz era fraca, quase inaudível.

- Colin… - murmurou ela, com esforço.

- Shhh… Não fale, -  ele disse, seu rosto contorcido de desespero. - Você vai ficar bem. Eu prometo. Só... fique comigo.

Enquanto os minutos passavam, a pressão no peito de Colin só aumentava. Ele nunca pensou que veria Penélope tão vulnerável, e o pensamento de perdê-la era insuportável. Tudo ao redor deles parecia um borrão, apenas o som dos batimentos de Penélope e sua respiração ofegante preenchendo o ar.

Finalmente, o médico entrou correndo no escritório com sua equipe, movendo-se rapidamente para estabilizar Penélope. Colin se afastou, mas ficou perto, assistindo cada movimento com o coração na garganta.

- Ela vai sobreviver? - Colin perguntou, sua voz baixa, mas carregada de urgência. O médico não respondeu de imediato, concentrando-se em estancar o sangramento e preparar Penélope para ser transportada.

- Estamos fazendo o possível, Sr. Bridgerton, - respondeu o médico finalmente. - Mas precisamos levá-la ao hospital o quanto antes. O tiro pegou em um lugar delicado."l

Colin apertou os punhos, a tensão em seu corpo insuportável. Ele sabia que estava lidando com algo muito maior do que controle ou poder. Ali, naquele momento, ele só queria uma coisa: que Penélope sobrevivesse.

Quando os paramédicos a colocaram na maca e começaram a levá-la embora, Colin seguiu de perto, uma determinação fria em seus olhos. Ele lançaria o inferno sobre qualquer um que se colocasse entre ele e Penélope agora.

Michael já estava sendo trancado em uma sala no andar inferior, e Colin olhou de relance para ele antes de sair.

- Se ela morrer, -  disse ele, com uma voz baixa e mortal, - você reza para nunca me ver de novo.

Between Blood and Desire. (Polin ' máfia)Onde histórias criam vida. Descubra agora