A lua de mel

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Penélope acordou sentindo o leve balançar do navio, o que a deixou imediatamente desconfiada. Ao abrir os olhos, percebeu que estava em um quarto luxuoso, mas desconhecido. A mente dela rapidamente tentou processar os últimos acontecimentos, mas a confusão apenas aumentava. Sentada na cama, ainda atordoada, ela observou Colin sair do banheiro. Ele usava uma roupa mais despojada, leve, apropriada para o clima quente e úmido do mar. O rosto dele trazia um sorriso irritantemente tranquilo.

— O que é isso? — Penélope perguntou, irritada e confusa. — Onde estamos?

Colin, com um tom de sarcasmo, deu de ombros. — É nossa lua de mel, não é óbvio?

Penélope soltou uma risada amarga, revirando os olhos. — Você sabe o que é uma lua de mel, Colin? — A voz dela era afiada, repleta de ironia.

— Claro que sei — ele respondeu calmamente, cruzando os braços, como se o fato de estarem ali fosse a coisa mais normal do mundo.

Penélope levantou-se da cama, ainda um pouco tonta pela sensação de estar em um barco, o que aumentava sua irritação. Ela se apoiou na parede por um momento antes de se equilibrar completamente, mas sua raiva logo a sustentou.

— Eu jamais deixaria você tocar em mim novamente — ela disparou, os olhos faiscando com fúria.

Colin arqueou uma sobrancelha, o sorriso irônico ainda em seus lábios. — Nunca diga nunca, Penélope. Não foi isso que você disse da última vez.

As palavras de Colin apenas inflamaram sua raiva. Os dois começaram a discutir, trocando farpas cheias de deboche e sarcasmo. Penélope estava determinada a manter a distância, enquanto Colin, sempre com respostas afiadas, parecia se divertir com a situação.

— Você realmente acha que pode simplesmente me sequestrar e me forçar a alguma coisa? — Penélope o encarou com desdém, cruzando os braços.

— Sequestrar é uma palavra forte. — Colin deu um passo à frente, seu tom mais sério. — Eu apenas te levei para um lugar onde podemos conversar sem interrupções.

Colin deu um passo para trás, claramente desconcertado pela mudança repentina de Penélope. Ele tentou recuar, mas ela continuou se aproximando, mantendo-o encurralado com seu olhar e palavras afiadas. O controle que ele achava ter sobre a situação estava rapidamente escapando por entre seus dedos.

— Penélope, o que você está fazendo? — Ele perguntou, a voz vacilante enquanto se forçava a manter distância. Ele não conseguia mais discernir suas intenções, e isso o deixava ainda mais inquieto.

Penélope sorriu levemente, seus olhos cheios de uma malícia calculada. Ela se movia devagar, cada gesto milimetricamente pensado para desestabilizá-lo ainda mais. — Você sempre gosta de estar no comando, Colin. — Ela sussurrou, aproximando-se o suficiente para que ele sentisse sua presença, mas sem jamais deixar que ele a tocasse. — Mas a verdade é que você tem medo de mim, não tem? Medo do que sente... Medo de perder o controle.

Ela o provocava, sua mão correndo ao longo de seu braço sem, de fato, tocá-lo. Colin fechou os olhos por um breve momento, tentando resistir ao magnetismo de Penélope. — Para com isso, Penélope — ele disse, sua voz rouca de tensão. Ele deu outro passo para trás, sentindo-se encurralado pelo desejo e pela confusão que ela estava criando.

Mas Penélope apenas riu suavemente, com um sorriso de quem estava no controle. — Não, Colin. Não até que você admita o que realmente quer. — Sua voz era sedutora, um convite que ao mesmo tempo o provocava e o afastava.

Ele estendeu a mão, quase sem pensar, querendo segurá-la, tocá-la. Mas antes que seus dedos pudessem alcançá-la, ela desviou habilmente, mantendo a distância que o fazia desejar mais. — Você não vai me tocar, Colin. Não até que eu permita. — A voz dela estava cheia de provocação, e ela o olhava diretamente nos olhos, desafiando-o.

Between Blood and Desire. (Polin ' máfia)Onde histórias criam vida. Descubra agora