olhos fechados

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Colin levou Penélope apressadamente até seu escritório, ajudando-a a se sentar em uma poltrona confortável. Ela tremia, a respiração entrecortada e o rosto pálido. Ele se ajoelhou à sua frente, tentando manter a calma, mas a preocupação era evidente em seus olhos.

- Você não fez nada de errado, Penélope- ele murmurou, a voz baixa e suave. - Você protegeu sua irmã. Está tudo bem.

Penélope balançou a cabeça, as lágrimas caindo novamente.

- Mas dói, Colin... meu peito... dói muito. - Sua mão agarrou o tecido de sua blusa, como se estivesse tentando aliviar a dor física que a atormentava.

Desesperado, Colin levantou-se de repente e foi até a porta, abrindo-a bruscamente.

- Chame o médico, agora!" ele gritou para um dos capangas que estava no corredor, a voz cheia de urgência. O homem correu sem hesitar, deixando Colin de volta ao lado de Penélope.

Ele pegou sua mão, tentando oferecer algum consolo enquanto ela chorava.

- O médico está a caminho. Você vai ficar bem. Eu prometo.

Minutos depois, o médico já estava atendendo Penélope no escritório de Colin. Ele verificou os sinais vitais dela com atenção, notando o estado de exaustão emocional. Decidiu, então, administrar um calmante suave, recomendando que ela descansasse. Enquanto o remédio começava a fazer efeito, Penélope lentamente fechou os olhos, a respiração finalmente ficando mais tranquila.

Colin observava tudo em silêncio, mas sua mente fervilhava de preocupações. Ele se aproximou do médico e, em voz baixa, perguntou:

- Por que isso está acontecendo? Penélope já passou por tanta coisa… Ela sempre lidou com essas situações antes. Ela já viu pessoas morrerem, até mesmo já matou. Por que agora?

O médico, ajeitando seus instrumentos, suspirou.

- Às vezes, eventos traumáticos não têm um impacto imediato. Ela pode ter vivido algo que marcou profundamente, e agora, de alguma forma, está revivendo esse trauma. É como se o corpo e a mente dela estivessem reagindo a algo que ficou reprimido por muito tempo.

Colin ficou em silêncio, absorvendo as palavras. Ele sabia que Penélope tinha passado por coisas terríveis, mas talvez houvesse algo que ele ainda não sabia. Depois que o médico saiu, ele a carregou suavemente até o carro, e a levou para casa.

Chegando lá, Colin subiu as escadas com Penélope nos braços, colocando-a delicadamente na cama. Ele ficou parado por um momento, observando-a dormir, o rosto dela finalmente calmo. Mas sua mente ainda estava inquieta. Havia algo mais acontecendo com Penélope, algo que ele precisava entender.

Com um suspiro pesado, Colin deixou o quarto dela e seguiu para o quarto de Felicity. Ele precisava saber se a irmã dela sabia de algo que pudesse explicar o que estava acontecendo.

Quando Colin entrou no quarto de Felicity, encontrou-a sentada à mesa, concentrada em seus desenhos. Ela era incrivelmente talentosa com arte e moda, e os modelos de roupas que criava refletiam sua habilidade e atenção aos detalhes. Ao ouvir os passos de Colin, Felicity levantou os olhos, surpresa, mas rapidamente notou a seriedade em seu rosto.

- Precisamos conversar sobre Harry,-  Colin começou, sem rodeios. - Penélope o matou, e nunca mais ninguém vai tocá-la ou à irmã dela.

Felicity engoliu em seco, os olhos brilhando com lágrimas que ela lutava para segurar. Embora estivesse visivelmente abalada pela menção de Harry, ela agradeceu com um aceno silencioso, a voz falhando por um momento antes de perguntar, com preocupação,

Between Blood and Desire. (Polin ' máfia)Onde histórias criam vida. Descubra agora